Primeiras imagens de teste com a Nikon D500 | 1250 ISO





Apesar de ter recebido há já alguns dias a Nikon D500 não tenho havido grande tempo para testar esta nova câmara...
Um dos aspectos que mais curiosidade tenho em testar nesta nova câmara reporta-se ao ruído na imagem.

Se atendermos a que este modelo de câmara da Nikon se vocaciona, essencialmente, a fotografar temas que envolvem ação e, muitas vezes, cumulativamente a isso, a ser utilizada com teleobjectivas nem sempre rápidas, facilmente se chega ao quão importante será o desempenho desta câmara com valores de sensibilidade ISO mais elevados.

Bom, quanto a ficheiros JPG, posso desde já dizer que esta câmara produz uns JPG´s fantásticos! Para aqueles que costumam fotografar neste formato esta câmara será certamente uma excelente escolha! Para dar um exemplo, a parte superior da imagem de teste acima exibida é reprodução fiel dum ficheiro JPG captado pela câmara sem qualquer edição. Mais, trata-se dum ficheiro em qualidade "normal" sendo que os ficheiros em "Fine" ainda são melhores! 
(Fotografia captada com uma Tamron 150-600mm "G2" @ 600mm, f/8, 1/5000 seg. "à mão")
Quanto aos ficheiros em RAW não é de estranhar o maior nível de ruído pois não sofrem, como os JPG, a edição efetuada pela própria câmara. No entanto, a gama dinâmica de cores (reparem na maior e mais suave transição na gradação de cores) e a nitidez são superiores e em posterior edição ainda se conseguem razoáveis resultados a 1250 ISO!
(Chamo aqui a atenção que, em impressão, a quantidade de ruído na imagem não é tão notória e relevante como quando visualizada num monitor)

Em relação ao ficheiro "RAW", trata-se dum ficheiro, sem compressão, a 12 bits.

Quanto ao "JPG", trata-se, conforme já acima ficou dito, duma captura com a as regulações "flat" e: Tamanho grande, qualidade Normal, WB Auto1.

Para fazerem o download e poderem ver a imagem a 100%  - 5568 x 3712px - clicar com o botão direito do rato e guardar (13,8Mb).
Se preferirem antes visualizar as imagem a 100% do seu tamanho "on-line" sem necessidade de a guardar, clicar em "Abrir Hiperligação numa Nova Janela ou Separador".




Em aplicação prática "no mundo real" a 1250 ISO:

(As imagens abaixo são um Crop a 100% da fotografia ao lado, captada "à mão" com a Tamron 150-600mm G2 @ 600mm, f/8, 1/4000 seg. com as mesmas regulações acima mencionadas e, conforme se pode constatar... muuuuiiiiiiiito longe deste Pombo-torcaz!)
Sem legendas, pois penso que dá bem para ver as diferenças existentes entre as imagens.









Nikon D500 | A atual câmara DX topo de gama da Nikon





Após vários anos a fotografar com a Nikon D300 eis que, finalmente, chega a hora de mudar para aquela que considero ser a sua verdadeira "sucessora": A nova Nikon D500.
Desde meados de 2010 que venho utilizando a Nikon D300 para vários temas fotográficos mas, principalmente, para Vida Selvagem. A D500, pelo seu tipo de construção e características, tem como antecessoras a Nikon D200 (com a qual também fotografei), tendo depois feito o upgrade para a D300 a qual se manteve inúmeros anos (talvez em demasia...) sem um novo modelo que lhe seguisse. Assim, "finalmente" ao fim de vários anos de interregno a Nikon lá lançou a D500 (em venda no nosso mercado, salvo erro, desde meados de março/abril de 2016...). 






Ao longo do tempo foram várias as câmaras que fui utilizando e... acumulando! Todas elas acabam por ser ainda frequentemente utilizadas numa ou noutra circunstância. (A última "aquisição" antes desta D500 foi uma D800, uma câmara com sensor FX de 36MP com características bem diferentes e para finalidades bem distintas das câmaras DX...  Praticamente só a utilizo em Estúdio e, em exteriores, para fotografar paisagens). 
Como costumo explicar, desde que funcionalmente operacionais, as câmaras antigas continuam a permitir obter fotos com a qualidade igual à que com elas conseguíamos fotografar no primeiro dia de novas. Portanto, se quando foram lançadas a qualidade dos ficheiros era boa, manterão essa mesma qualidade passados uns anos!
Agora, claro está que não possuem nem beneficiam de todas as inovações e melhorias que o desenvolvimento tecnológico posterior alcançou e permitiu. E, o desenvolvimento em termos eletrónicos rapidamente deixa, sob certos aspetos, a "anos luz" câmaras digitais mais antigas... pessoalmente, não dou muita importância à função vídeo das câmaras fotográficas mas, essa é uma das que tem evoluído bastante. Também, a interatividade e transmissão de ficheiros sem fios "Wireless" directamente efectuada a partir da câmara (como é o caso da D500 ou até da acessível D3400) para dispositivos móveis (Smartphones) era impensável há uns anos atrás, mesmo em câmaras que custavam mais de ... € 5000,00!
Pessoalmente, aquele factor de desenvolvimento que continuo a achar importante tem a ver com a redução do ruído na imagem que, cada vez mais e melhor, as câmaras mais recentes nos oferecem. Outros factores importantes que se destacam nos modelos mais recentes das D-SLR são, também, a mais rápida e precisa capacidade de aquisição de focagem. Enfim, por vezes as marcas lançam um novo modelo em substituição e basicamente as inovações não justificam a mudança mas, facto é que, decorridos uns anos sobre um qualquer modelo "topo de gama" facilmente um modelo de entrada de gama lhe é equiparável em termos de resultados de qualidade de ficheiros. Não falo na questão do tamanho "MP" (Megapixels) pois isso (penso que finalmente...), começa a estar esclarecido que para o público alvo das D-SLR não é importante (pelo menos genericamente falando) mas, sim, quanto aos resultados que possibilitam alcançar a valores de sensibilidade ISO mais elevados!

Por exemplo, qualquer ficheiro acima dos 400 ISO saído duma Nikon D3400 (atual câmara de entrada de gama) supera os ficheiros duma D2x (topo de gama Nikon em 2005). No entanto, a ISO 100 os resultados da D2x continuam a ser, tal como na data do seu lançamento, fantásticos.
É, no fundo, essa a diferença que espero obter com a "substituição" da D300 para a D500!
Além disso, quem é utilizador de câmaras de formato de sensor DX e necessita de fotografar temas em que a velocidade (de focagem e de número de fotos p/segundo), a robustez e acessibilidade às várias funções são importantes, sabe que as câmaras do segmento da D200/D300, ao longo de vários anos, nunca chegaram a ter verdadeiramente uma sucessora... A "Nikon D400" nunca chegou a "nascer" e, certamente tal como eu, muitos acabaram por ir esperando...
No entretanto, a Nikon acabou por lançar várias câmaras que acabaram por ciar um segmento intermédio/alto entre as câmaras de entrada de gama e as de topo (DX, claro). Refiro-me à gama Nikon D7xxx que teve o seu começo com a D7000 e que actualmente tem continuidade com a D7200.
Em "jeito" de retrospectiva posso dizer que a Nikon D300 foi/é uma das câmaras da Nikon que mais gosto de utilizar. É robusta, prática, funcional, rápida... Comparativamente, em termos anatómicos, para já, num primeiro contacto, acho a D500 algo inferior à D300... A sensação de sustentar uma D500 na mão é, no que diz respeito ao punho, algo idêntica à que sentimos quando segurámos uma D750, nomeadamente, por aquele ser, em ambos os casos, estreito e profundo. 
No que diz respeito à robustez, continuando com as comparações, a sensação que transmite a D500 é melhor que a D750 e mesmo que a D800, o que me agradou pois é uma câmara para levar para o "terreno" e não para usar em Estúdio!
Também me agrada, neste novo modelo, o facto da Nikon ter abolido o Flash integrado. Penso que neste segmento de câmaras não se justifica... assim como na gama das D750/D800/D810...   


Já agora, sem prejuízo de oportunamente vir a colocar algumas imagens comparativas, para quem eventualmente esteja a pensar efetuar este mesmo "Upgrade" cá ficam as diferenças, segundo a marca, em termos de especificações entre os dos modelos:

Câmara
Nikon D500
Nikon D300
Sensor (Resolução)
20.9 MP
12.3 MP
Tipo de Sensor
CMOS
CMOS
Tamanho do Sensor
23.5×15.7mm
23.6×15.8mm
Tamanho do Pixel do Sensor
4.2µ
5.5µ
Filtro “Low-Pass”
Não
Sim
Tamanho máximo de Imagem
5,568 x 3,712px
4,288 x 2,848px
Processador
EXPEED 5
EXPEED
Visor óptico
Pentaprisma
Pentaprisma
Cobertura do visor óptico
100%
100%
Ampliação do visor óptico
1.0x
0.94x
Flash integrado
Não
Sim
Armazenamento
1 ranhura XQD
1 ranhura SD
1 ranhura CF
1 ranhura SD
Máximo nº de fotos/seg. em modo contínuo de disparo
10 fotos/Seg.
7 fotos/Seg.
(8 fotos/Seg. - c/punho e utilização de pilhas AA ou EN-EL 4A )
Capacidade do Buffer (RAW, 14-bit)
200
30
Velocidade do obturador
1/8000 a 30 seg.
1/8000 a 30 seg.
Durabilidade estimada do obturador
200,000 obturações
150,000 obturações
Exposímetro
180,000-pixel RGB sensor 3D Color Matrix Metering III
1,005-pixel RGB sensor 3D Color Matrix Metering II
Valor ISO (base)
ISO 100
ISO 200
Amplitude normal de sensibilidade ISO
ISO 100-51,200
ISO 200-3,200
Amplitude alargada de sensibilidade ISO
ISO 102,400-1,640,000
ISO 6,400
Sistema Auto-focus
“Advanced Multi-CAM 20K”
“Multi-CAM 3500DX”
Nº de pontos de focagem
153, 99 cruzados
51, 15 cruzados
Capacidade de detecção de Auto-focagem
Até f/8
Até f/5.6
Amplitude de sensibilidade de detecção AF
-4 to +20 EV
-1 to +19 EV
Possibilidade de acerto automático (via captura efetuada pela câmara) de “AF Fine-Tune”
Sim
Não
Resolução máxima Vídeo
3,840×2,160 (4K) @ 24p, 25p, 30p
1280×720 (720p) @ 24p
Tamanho do LCD traseiro
3.2″ diagonal TFT-LCD
3.0″ diagonal TFT-LCD
Resolução do LCD
2,359,000 pontos
921,000 pontos
LCD articulado
Sim
Não
“Touchscreen” LCD
Sim
Não
Bluetooth integrado
Sim
Não
NFC integrado
Sim
Não
WiFi integrado
Sim
Não
Bateria
EN-EL15 Lithium-ion
EN-EL3e Lithium-ion
Duração da Bateria
1240 fotos
950 fotos
Corpo da câmara selado 
Sim
Sim
Material de construção do corpo
Liga de Magnésio e peças de fibra de carbono
Liga de Magnésio
USB
3.0
2.0
Peso
760g
840g
Dimensões
147 x 115 x 81mm
147 × 114 × 74mm

Bom, mas acima de tudo, devemos ter sempre presente que as câmaras não são um fim em si mesmo mas, sim, um mero instrumento ao nosso dispor para realizarmos e registarmos imagens!

"No terreno" com o novo modelo (G2) da Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD


Pernilongo (Himantopus himantopus) 
(@600mm, f/6.3, 1/2000 seg., ISO 400)



Eis que um Novo Ano começa!
Antes de mais, desejo a todos os leitores um excelente ano de 2017!

Como primeiro artigo, neste novo ano, nada melhor que partilhar algumas imagens dum dos temas que mais gosto de fotografar: Vida selvagem! Em particular, a nossa avifauna!
Assim, esta semana, mais para ver do que para ler e conforme prometido há dias, cá ficam, então, algumas fotografias captadas com o novo modelo da SP 150-600mm que recebi ainda há muito pouco tempo.

São fotografias que seleccionei das duas mais recentes "saídas de campo" - Uma pela extensa zona da Ria de Aveiro (Torreira, S.Jacinto) e ainda nas Salinas e outra pelas "redondezas" como lhe costumo chamar... (Valongo).

As fotografias foram todas captadas com uma Nikon D300 e com recurso a tripé com Gimbal MD1.

Aproveitando a altura e tornando este artigo didático (para aqueles que se interessam particularmente por este tip
o de fotografia), passo a descrever (relembrando e tal como o costumo fazer nos Workshops) as regulações mais adequadas para a câmara:


  1. Primeiro passo - dependendo do modelo da câmara que possuímos, do grau e "tolerância" ao ruído começamos por estabelecer um limite ISO que temos por aceitável. No caso da minha Nikon D300 (já com uns aninhos...) o limite, que tento não ultrapassar, são os 400 ISO.
  2. Depois, uma vez que quando utilizamos teleobjetivas uma das grandes dificuldades reside na obtenção de valores de obturação suficientes para que as fotos não fiquem "tremidas", regulo a  câmara para o programa de Prioridade à Abertura "A" (no caso da Nikon) "AV" (para os Canonistas). Isso permitirá fotografar com a máxima entrada de luz que a objetiva com que fotografámos possibilita. Dessa forma, consequentemente, obtermos o máximo de velocidade de obturação. Bastará para isso escolher a maior abertura de diafragma possível (menor número f/stop). Uma explicação sobre este conceito pode ser vista aqui (abre em novo Link). Claro está que não ficamos "presos" à utilização da plena abertura da objectiva mas é, assim, seguro e certo que se fecharmos o diafragma (para obtenção de maior profundidade de campo ou nitidez) sabemos que dispomos sempre da maior velocidade de obturação possível para a abertura selecionada.
  3. Aves estáticas (o caso de todas das fotografias que seguem) - Área de focagem: Um único ponto. Assim poderemos escolher o local exato de focagem (que deve ser o olho da ave). Modo de disparo: Disparo único. Modo de Medição de luz: Dependendo do enquadramento, fundo e proporção da ave pode variar, mas 80% ou mais das vezes utilizo a Medição pontual. Modo de AF: Único.  (Para o caso das Aves em voo as configurações são diferentes - Área de focagem: Matricial 3D. Modo de disparo: Contínuo "CH" (selecionado na opção de maior número de fotos por segundo possíveis). Modo de AF: "C" Contínuo).



Bom, cá ficam as fotografias... 

Para ver em tamanho maior clicar nas imagens.






Já agora, as legendas e Exif das imagens (da esquerda para a direita e de cima para baixo):

Pernilongo (Himantopus himantopus) @600mm, f/6.3, 1/2500 seg., ISO 400
Cartaxo-comum (Saxicola torquatus) @600mm, f/8, 1/2500 seg., ISO 400
Maçarico-das-rochas ((Actitis hypoleucos) @600mm, f/8, 1/1000 seg., ISO 400
Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) @600mm, f/6.3, 1/3200 seg., ISO 400
Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula) @600mm, f/6.3, 1/1000 seg., ISO 400
Flamingo (Phoenicopterus roseus) @600mm, f/6.3, 1/6400 seg., ISO 400
Pernilongo (Himantopus himantopus) @600mm, f/6.3, 1/2500 seg., ISO 400
Maçarico-das-rochas ((Actitis hypoleucos) @600mm, f/8, 1/320 seg., ISO 400
Garça-branca-pequena (Egretta garzetta) @600mm, f/9, 1/1600 seg., ISO 400

Flamingo (Phoenicopterus roseus) @600mm, f/8, 1/2500 seg., ISO 400
Maçarico-das-rochas ((Actitis hypoleucos) @600mm, f/8, 1/1000 seg., ISO 400
Felosa-comum (Phylloscopus collybita) @600mm, f/8, 1/500 seg., ISO 400