Dicas de Photoshop - Replace color... (Como substituir/modificar ou "trocar cores")




Existem ocasiões em que, apesar das corretas regulações de exposição aquando da tomada da fotografia, não é possível conseguir imagens visualmente equilibradas em termos de intensidade de cor ou contraste. 
Esta é, precisamente, uma das situações em que a posterior edição da imagem ganha especial relevância. Apesar de existirem variadas formas, através de processos mais simples ou complexos, de corrigir as imagens quando isso acontece, passo a descrever o que me parece mais rápido e descomplicado. Mesmo assim há que saber dar os passos certos...
Retomando o tema "Dicas de Photoshop", mantendo a tradição de optar por explicar da forma mais simples (até porque, penso, que as imagens ajudarão a entender o processo), vamos lá ver, então, como se utiliza esta útil ferramenta do Photoshop: "Color Replace...".
Como o próprio nome indica, trata-se duma prática ferramenta para modificar uma determinada cor existente numa imagem. 
De modo imediato, certamente que não será difícil percepcionar que a imagem nativa apresenta uma tonalidade/intensidade de cor azul exagerada e parece demasiado contrastada. Isso acontece, apesar das correctas regulações de exposição, devido à leitura de luz ter sido feita e ajustada (como deve ser) para a correcta exposição da plumagem branca das aves. Pelo contrário, sendo utilizada uma leitura matricial (à totalidade do cenário) corremos o risco da câmara regular a exposição para a zona do céu (que predomina a fotografia) ficando, nesse caso, o branco das penas "estourado" e sem leitura.
Como é sabido, "brancos estourados"* são sinónimo de falta de informação digital pelo que não são recuperáveis. 
* (Embora não sendo um artigo dedicado em exclusivo, podem ver aqui o conceito) 

Então como corrigir?
Uma opção que, desde logo, pode parecer viável para resolver a questão passa pela alteração da exposição. No entanto, assim não é! 
Aliás, se essa opção fosse suficiente, poderíamos corrigir, logo na captura da foto, o problema compensando positivamente a exposição...Pois bem, previamente, vamos então demonstrar porque esta forma de resolução pode não ser eficaz:
Ou seja, para aumentar a exposição apenas no azul teríamos que previamente selecionar (apenas) a zona do céu e aplicar o efeito apenas nessa zona selecionada. Como o método que pretendo explicar pode ser mais simples, avancemos!
(Esta imagem serviu apenas para demonstrar que este pode não ser o método a seguir)

Bom, vamos lá então à "troca de cor"...
Sendo o processo simples, como acima o disse, há no entanto algumas regras a seguir.

Apenas pela visualização das imagens abaixo, vão ver o quão simples é equilibrar a imagem e resolver o problema!



Os passos a dar p
ara lá chegar são, com algumas nuances, apenas estes:
Depois de aberto o Photoshop, na barra de ferramentas superior procurar >
Image > Adjustments > Replace color...
(Imagem > Ajustes > Substituir cor...)






Depois:
1-Dependendo do que pretendemos, começámos por seleccionar a percentagem de intensidade de cor - "Fuzziness" (margem de proximidade à cor seleccionada). O alcance do aumento ou diminuição dessa percentagem é demonstrada de imediato, graficamente, na imagem existente abaixo da escolha.
2- existem 3 itens que podem ser utilizados individualmente ou em conjunto para atingir o efeito pretendido:
- HUE (Tonalidade)
- Saturation (Saturação)
- Lightness (Luminosidade)


(Aconselho, para que as fotografias não percam a cor "natural" e não fiquem com aspecto exageradamente manipulado, a nunca alterar o campo "HUE" ou, então, fazê-lo de forma muito delicada. O acréscimo de apenas 1 ou 2 pontos será o suficiente para tornar o azul em violeta...).  


Em cima pode-se verificar qual a alteração sofrida pela imagem apenas com a manipulação da "Luminosidade".
Aplicar somente esta alteração não resulta pois para conseguir a cor/tonalidade de azul pretendida teremos de "puxar" pela luminosidade em demasia. Resultado: Brancos estourados!




Finalmente, e eis que chegados ao cerne da questão, a resolução do problema consiste na aplicação combinada  da correcção de saturação e luminosidade!
Reduzir um pouco a saturação e aumentar, também um pouco, a luminosidade.
Simples!

TAP-in Console




Aproveitando as potencialidades das objectivas da nova série SP, a Tamron anunciou, no pretérito dia 12/07, a Consola "Tap-in". Também (já) conhecida como "Dock" (em tradução livre - "Doca"), esta consola permite fazer atualizações e efetuar configurações personalizáveis para as novas objectivas e, bem assim, para a própria consola.
Associados às objetivas de topo de gama, atualmente, estes acessórios começam a ter uma, cada vez, mais usual implementação no mercado de equipamento fotográfico.

Segundo o "press release" que me foi enviado, o processo permite, após instalado um programa no computador (compatível com PC ou Mac) com ligação à internet, aceder ao um site específico através do qual é possível atualizar, entre outros, o firmware e funções personalizáveis tais como: Ajuste do foco; do limitador da distância de focagem (para já apenas aplicável à nova SP 90mm Macro - f017); ajuste do sistema de redução de vibrações "VC"; etc... Para isso bastará acoplar a objetiva à consola e ligar o sistema através de cabo USB ao computador.

A marca anunciou também o preço (de lançamento...?) desta consola: € 73,00.

Para já, a Tap-in é compatível com as seguintes objectivas da Tamron:
- SP 85mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F016)
- SP 90mm F/2.8 Di MACRO 1:1 VC USD (Modelo F017)
- SP 45mm F/1.8Di VC USD (Modelo F013) e
- SP 35mm F/1.8 Di VC USD (Modelo F012)

Apesar do custo relativamente acessível, estou certo que para muitos, poderá não se justificar a aquisição deste equipamento.
No entanto, para os mais aficionados que não querem perder "pitada" do que a tecnologia pode oferecer e que pretendam ajustar os parâmetros a seu gosto pessoal tirando todo o proveito das objetivas da nova série SP, esta poderá ser um consola a juntar ao equipamento base.

Tamron SP 85mm f/1.8 Di VC USD






Especificações

Distância focal/Abertura:
85mm f/1.8
Construção (elementos/grupos):
13 / 9
Ângulo de imagem:
28º 33’ (FX) 
18º 39’ (DX)
Escala distâncias focais:
na
Diafragma:
Eletromagnético
9 lâminas
redondas
Abertura (max-min):
f/1.8 ~ f/16
Medição de exposição:
Por método de abertura
Estabilização (VC):
Sim
Distância mínima de foco:
0.8m
Tamanho do filtro:
67mm
Dimensões (diam./comp.):
84,8 x 91,3mm
Peso:
660g (s/tampas e s/párasol)
No último artigo publicado neste site dediquei, de modo muito superficial, algumas linhas escritas a uma das novas objectivas da Tamron: A SP 85mm f/1.8 Di VC USD.
Coloquei também duas fotografias (retrato) captadas em Estúdio com a mencionada objectiva acoplada a uma Nikon D800. Este conjunto (D800+SP 85mm) é capaz de despertar o melhor que cada um deles tem. Qualidade! Do pouco que experimentei, sinceramente, gostei da 85mm. Todavia, tal como disse no anterior artigo, pessoalmente, não é das distâncias focais e tipo de objectiva que me atrai por não se adequar aos registos e temas fotográficos que habitualmente faço.
Mas, sim senhor, para quem for apaixonado por fotografia de retrato e possuir uma câmara FX... "Wow"!
Embora esta objetiva possa ser utilizada, com plena compatibilidade, com ambos os formatos FX (Full Frame) e DX (APS-C), o primeiro será, certamente, aquele que nos trará melhor proveito e será o mais adequado. Os 85mm (em FX) permitem aquela distância de trabalho necessária para não intimidar a pessoa que estamos a fotografar e, por outro lado, captar com as devidas proporções a figura humana.
Esta 85mm, que já se encontra à venda no nosso país por pre-encomenda, insere-se na atual gama SP (Super performance) da Tamron e possui um aspecto refinado, idêntico a todas as outras objectivas na "nova era" até agora lançadas: a 35mm f/1.8; a 45mm f/1.8 e a 90mm f/2.8.

(Já agora, apenas como curiosidade, informo que todas as fotografias constantes deste artigo foram captadas com a "prima" desta objectiva - a nova SP 90mm f/2.8 - com a qual, essa sim, lido bastante. Os ficheiros não têm qualquer edição e estão tal qual saíram da Nikon D800, tendo apenas sido convertidos de RAW para JPG).
Restante equipamento utilizado: Metz TL 300 c/Softbox 60x90 (x2) e Fundo de pavimento cerâmico.









Não podendo ser considerada propriamente um "Review", mas sim uma breve análise, posso dizer que a opinião com que fiquei é boa. A objectiva é robusta, precisa, dotada dum útil e eficaz sistema de estabilização, com cores e bokeh agradáveis e com uma excelente definição óptica que facilmente permite conseguir bons resultados (ressalva feita para as imagens captadas a plena abertura - f/1.8 - onde os cantos da imagem são algo "soft"...).
As imagens saídas desta objetiva são bem equilibradas, quer em termos cromáticos quer na exposição. Existe um factor que, segundo a marca, explica tal facto: a abertura das lâminas do diafragma através dum sistema motorizado controlado por impulsos eletromagnéticos que impõe uma maior precisão no controle das mesmas e permite exposições com mais rigor. Bom, em teoria, um controle eletrónico da abertura do diafragma será mais preciso que um sistema automático... sim, mas o controle eletrónico apenas vai impulsionar a ativação do movimento das lâminas, porque esse continua a ser mecânico.... No entanto, coincidência, ou não, facto é que todas as imagens que captei com esta objectiva, apresentaram uma exposição certa!
(Se olharem com atenção para a fotografia em que se vê o encaixe de montagem poderão verificar a falta do tradicional pino que faz a abertura mecânica das lâminas. Assim, contrariamente ao que se passa nas objectivas com sistema de abertura automático, esta 85mm, não estando acoplada a nenhuma câmara, apresenta o diafragma totalmente aberto).   

De resto, quanto a distorções, aberrações cromáticas,... nada há a dizer pois são praticamente inexistentes. 



Um dos "problemas" que senti ao fotografar com a 85mm teve a ver com a distância de trabalho. Estando habituado a fotografar com a 90mm que, sendo um objetiva vocacionada para a Macrofotografia, permite registos a distâncias muito próximas (apenas de 30cm), por comparação, os 80cm de limite mínimo de focagem desta SP 85mm parecem restringir algumas capturas mais próximas que apetece fazer.
Portanto, pese embora também possamos fotografar outros temas com esta objectiva, facto é que, o retrato é primordialmente o seu terreno de acção o que acaba por limitar a sua utilização generalista... Por exemplo, a SP 90mm, apesar de ter uma distância focal muito próxima (os 5mm de diferença entre ambas não se refletem de modo significativo no ângulo de cobertura e enquadramento) acaba por ser mais versátil. Tanto podemos utilizá-la para Macrofotografia, como para fotografia de produto e até para uma ou outra incursão pelo retrato.
Mas se a preferência é mesmo o retrato, então, a escolha certa será esta Tamron SP 85mm f/1.8 Di VC USD!

Em resumo: 

Qualidade Óptica
★★★★★
Qualidade de Construção
★★★★★
Versatilidade
★★☆☆☆
Manuseamento
★★★★
Valor
★★★★