Samyang 8mm Fisheye CS II vs CS | Novo e antigo modelo - Teste Comparativo




Opticamente e mecanicamente idênticas, estas duas Samyang 8mm representam duas diferentes gerações. À esquerda, a nova versão, lançada em meados de 2013, com um "look" mais moderno. Por sua vez, à direita, a versão mais antiga lançada em Novembro de 2011 cujo artigo de teste completo pode ser visto aqui (abre em novo link).
Visualmente, estas duas gerações de objetivas distinguem-se facilmente pela cor e posição do aro de cor: Na versão mais recente (CS II), o aro aparece numa posição mais próxima da zona traseira da objectiva e tem cor vermelha. Na versão anterior o aro encontra-se posicionado imediatamente antes do parasol integrado e é de cor dourada. Aliás, esta mudança estética operou-se e estendeu-se a toda a gama de objectivas da marca. 
O quadro em baixo explicita as (poucas) diferenças existentes entre os dois modelos. Mas serão somente estas...? Mais à frente veremos, contrariamente ao que ser seria de esperar, que não!  



Especificações (diferenças)
CS II
CS
Parasol:
Extraível
Integrado
Escala de distâncias:
0,3m-1,5m ~
0,3m-3m ~ 
Dimensões (diam./comp.):
77,8 x 72,6
75 x 74,8
Peso (s/tampas e c/parasol):
396g
383g


Sendo possuidor e tendo já utilizado por diversas vezes a primeira versão da Samyang 8mm f/3.5 (CS), sempre me desgostou o facto do recorte não ser o melhor. Actualmente, recebi, por parte da ROBISA, o novo representante e distribuidor da marca para a Europa, a nova versão desta objectiva: A Samyang 8mm f/3.5 (CS II).
Perguntando o porquê da mudança para este novo modelo digo, sinceramente, que o fiz apenas pela possibilidade de a poder utilizar com câmaras de sensor de formato FX uma vez que neste novo modelo o parasol é extraível. Nunca pensei encontrar outras diferenças...
Contudo, tratando-se duma objectiva construída para utilização com câmaras de sensor DX (APS-C), nas FX (Full frame) apenas registaremos imagens na parte central em forma de círculo. Oportunamente farei um artigo acerca disso!  



Além das diferenças na proeminência do parasol, a posição e cor do anel decorativo facilmente distinguem os dois modelos
Por falar no Parasol notei que, contrariamente ao da antiga versão que era fixo não se podia retirar, o da atual versão sai (a meu ver) com demasiada facilidade pelo que há que ter algum cuidado com o manuseamento e a "arrumação" no saco de equipamento fotográfico. Motivo: A tampa de proteção do elemento frontal (essa sim, agora mais fácil de colocar) aperta no parasol o que significa que desenroscando-se o mesmo o elemento óptico frontal da objetiva fica sem proteção.   Antes de testar comparativamente estas duas objectivas, dada a sua construção idêntica, pensei que seria de esperar que os resultados fossem, também, idênticos. Pois bem, ainda bem que testei comparativamente estas duas versões. Efectivamente existe uma notória evolução no que concerne à qualidade óptica (recorte/nitidez). A nova versão - a Samyang 8mm CS II apresenta uma QI superior!



O encaixe a a parte traseira dos dois modelos é idêntica

Apesar das especificações do fabricante indicarem, em termos de ângulo de imagem, os mesmos 180º para ambas as versões em câmaras APS-C como as Nikon, Sony, Fuji, Pentax e Samsung... portanto com formato de sensor DX, (à excepção das câmaras Canon EOS e EF-M onde se alcançam somente 167º devido à diferença do factor de conversão "crop" - 1,6 x em vez dos 1,5x da Nikon) facto é que, nos exemplares testados, existe um subtil diferença entre estas duas gerações de objectivas: O ângulo de imagem que a versão mais antiga (Samyang 8mm Fisheye - CS) consegue captar é ligeiramente superior ao da "nova" versão da Samyang - a CS II.
(Poderão aferir essa diferença nas imagens comparativas mais abaixo)

Já no tocante à medição de luz e aberrações cromáticas não existem diferenças dignas de registo. Com a utilização da medição de luz "Matricial" persiste uma tendência (a meu ver lógica e "normal") para a sobre-exposição.
A "melhor" medição de luz a utilizar com estas pequenas Samyang Fisheye, em vários modelos de câmaras Nikon, continua a ser a "Central ponderada". Contudo isto não pode ser tido como uma "verdade absoluta" pois existem alguns modelos de câmaras Nikon em que a medição matricial parece ser correcta. Portanto, nada melhor que experimentar um e outro modo de medição de luz e verificar os resultados.  

Outra característica que se manteve inalterada: A inconsistência da escala de distâncias... embora mais "certeira" na Samyang CS II, continua a não ser fiável. Mas, como penso que disse no artigo de teste da versão CS, estas Fisheye's a f/8 ou aberturas de diafragma mais pequenas, focam tudo o que estiver a pouco mais de 1 metro de distância até ao infinito! 
De igual modo, a confirmação de focagem por parte da câmara com este tipo de objectivas continua a ser problemática... no visor, nem sempre o "ponto verde" de confirmação de focagem se apresenta fixo. 

Recordando e transcrevendo o que escrevi na altura que testei a primeira versão desta Samyang 8mm (cuja opinião mantenho), resta agora corrigir, para a nova versão "CS II" (lançada após o artigo em causa), a parte relativa à qualidade óptica. Agora sim, tudo o que se ouve é verdade!
Eis o que escrevi, na altura que testei a 1ª versão da Samyang 8mm f/3.5:

"Qualidade óptica
Bom, agora que já criei certamente a muitos, "água na boca", vamos lá ser mais criteriosos... Quase de certeza que já devem ter lido/ouvido que esta objectiva é uma excelente compra, que tem uma excelente relação preço/qualidade e que tem, também, uma excelente qualidade óptica... É quase tudo verdade.... Mas, infelizmente, a qualidade óptica, quanto a mim, por comparação e analisada sobre essa mesma perspectiva, não é assim tão boa...
Todavia, dada a redução da realidade que esta objectiva produz isso passa muito mais despercebido do que se fosse uma teleobjectiva.
Verdade é que, analisadas as imagens a 100% num PC facilmente se detecta a falta de recorte e nitidez... principalmente na sua abertura máxima (f/3.5). A f/5.8 ou a f/8, aberturas onde se alcança a melhor qualidade de imagem a "coisa"compõem-se um pouco..."


Admitindo e considerando que possa existir um desvio negativo de qualidade óptica no exemplar da 1ª versão face ao novo modelo (CS II), deixo aqui umas imagens comparativas entre os dois modelos. Devo acrescentar que todas as fotografias foram captadas nas mesmas condições: Tripé, cabo disparador, espelho levantado,... e não... o problema  com as do modelo mais antigo (CS) não é estarem desfocadas! Por comparação, ampliando as imagens a 100%, verifica-se que existem diferenças substanciais! 
As imagens abaixo foram convertidas em JPEG a partir de ficheiros RAW (sem qualquer edição) e foram captadas com uma Nikon D300 nas condições já anteriormente descritas.
Os dois exemplos comparativos são um resumo dos resultados obtidos a diferentes aberturas e distâncias (focagem ao perto e ao longe). 
(Para visualizar a 100%, clicar nas imagens e abrir em novo Link)





As diferenças encontradas nas imagens cimentam a ideia que tenho acerca dos testes a equipamentos fotográficos, nomeadamente a objectivas. Ou seja, qualquer opinião deve (ou deveria...) ser sempre fundamentada em testes comparativos realizados com mais que um exemplar. Claro está que isso seria o "ideal" mas nem sempre é possível... Muitas vezes experimento ou fotografo casualmente com unidades diversas do mesmo modelo e marca de objectiva mas em alturas diferentes... o que de pouco serve porque impossibilita a comparação directa "lado a lado".
Todavia, há que ter presente que, para um mesmo modelo de objectiva, são aceites (pela maioria dos fabricantes) desvios na qualidade final, em relação aos valores referência, até cerca de 7 %... Essa tolerância faz, obviamente, com que nem todas as objectivas dum determinado modelo e marca apresentem os mesmos resultados finais. Em termos de resolução óptica, um dos problemas mais comuns é o chamado "Front ou Back focus". Problema que consiste no defeituoso reconhecimento do ponto de focagem seleccionado. A câmara foca, respetivamente, antes ou depois do local de focagem escolhido. Esse problema pode ser, atualmente, facilmente resolvido através de regulação de micro-ajustamento via "menu" na própria câmara. Quase todas as câmaras DSLR atuais possibilitam a chamada "focagem fina" para acerto pontual, caso seja necessário, do correto ponto de focagem, caso a caso, com cada objectiva. Para certos fabricantes, uma variação de até +/- 3 pode ser considerada como "normal".  Desde já posso garantir que este não era o problema da anterior versão da Samyang 8mm Fisheye. Com este tipo de objectivas (quer com a nova versão, quer com a antiga), a f/8 ou aberturas mais pequenas, tudo o que estiver a pouco mais de 1 metro, seleccionando a focagem ao  infinito, deve ficar focado e nítido! 

No entanto, é admissível ter havido algum melhoramento em termos de construção interna e mesmo ao nível dos elementos e revestimentos ópticos que possam ajudar este modelo mais recente a obter resultados finais superiores ao seu antecessor... 
Atualmente coexistem em venda os dois modelos. Todavia, o mais antigo apenas pode ser adquirido "usado" ou por importação directa uma vez que, dede o início de 2015, o atual distribuidor oficial para Portugal - a ROBISA -  apenas comercializa o modelo mais recente oferendo uma garantia de 5 anos.

De volta às Cegonhas!


* Nikon D2x + Tamron SP 150-600mm: 400mm, 1/160 seg., f/10, ISO 100 
Cacia (Aveiro), Junho de 2015


Há dias regressei a alguns dos ninhos de cegonhas que tinha visitado e fotografado em Fevereiro passado. Nessa altura, chegavam os casais para nidificar e a azáfama dos progenitores na construção dos ninhos era grande.

Todavia, ainda era cedo e além das constantes idas e vindas ao ninho com "materiais de construção" nada mais se via. É durante Fevereiro/Março que é efectuada a postura dos ovos podendo depois o casal criar entre 1 a 5 crias. 
Agora, decorridos alguns meses, a agitação nos ninhos é outra: Todos estão preenchidos com juvenis já bem grandinhos que, nesta altura, começam a exercitar as asas preparando-se para os primeiros voos!


* Nikon D2x + Tamron SP 150-600mm: 500mm, 1/200 seg., f/8, ISO 100 
Cacia (Aveiro), Junho de 2015

Até Agosto estes juvenis ainda irão crescer mais e em adultos atingiram cerca de 1 metro de comprimento.  
É durante esse mês que, parte delas, abandonam o nosso País migrando para Africa pelo Estreito de Gilbraltar. Existem, contudo, algumas populações que invernam para Espanha e casos de migrações internas (para Sul).  
Bom, este ano, provavelmente, já não regresso ao local mas para o ano espero voltar pois haverá novas crias e novas fotos!

* Para visualizar as fotografias a 100% clicar nas mesmas e abrir em novo Link!