Testando a Jupiter 36b - 250mm


Nikon D2x + adaptador Pentacon Six + Jupiter 36b 250mm f/3.5
(f/4, 1/40 seg., ISO 100, Medição Matricial, Exposição Manual)

Esta foi uma das fotografias que captei durante as primeiras "saídas de campo" para testar a Jupiter 250mm.
Fotografar com esta objectiva constitui um verdadeiro desafio... Não tem estabilização de imagem, não tem qualquer suporte ou colar para montagem de tripé e... pesa quase 1,5 Kg!
Por isso, após umas quantas tentativas, lá se consegue uma foto (devidamente) focada...
A cor e "Bokeh" são bons! Já a separação de planos fica aquém doutras objectivas de médio-formato que testei ultimamente...
Bom, mas a opinião fica para daqui a mais algum tempo!

(PS: Fotografia editada - correcção/acerto de níveis)

Fotografia de Estúdio: Alguns conceitos, considerações... e dicas!


Narciso (Narcissus calcicola)
Nikon D300 + Micro Nikkor 60mm f/2.8
@ f/8, 1/10 seg., ISO 200, medição pontual


A propósito da imagem deste "Narciso", fotografado em Estúdio, lembrei-me hoje de "divagar" e abordar algumas dicas acerca do tema...
Uma das maiores dificuldades da "Fotografia de estúdio" reside no correcto uso da iluminação. Aparentemente, pode parecer fácil conseguir de imediato bons resultados dada a panóplia de opções/combinações de projectores, difusores, etc., bem como das diferentes "potências" de iluminação contínua que podemos dispor.
Na verdade, não é assim. Nem sempre "quantidade" é sinónimo de "qualidade" e também neste caso esse princípio é integralmente válido!
Para conseguir imagens com alguma "força" há que conseguir, caso a caso, dominar a adequada iluminação e contrastes. O caso deste pequeno Narciso é um bom exemplo disso. Fotografado no seu ambiente natural jamais se conseguiria (sem posterior edição) uma imagem tão isolada e destacada do fundo. Em estúdio, foi possível fotografar com detalhe e concentrar toda a atenção somente nesta pequena flor. Não existe mais nenhum elemento disperso na imagem!

Todos os objectos, em função da sua composição e da sua cor, reflectem a luz de maneira diferente. Este aspecto afecta ainda mais os resultados quando o mesmo objecto engloba distintos materiais e diversas cores. Os graus de reflexão podem ser tão diferentes que para expor correctamente uma parte do objecto, uma outra ficará completamente "estourada" ou, pelo contrário, sub-exposta.
Portanto, a simples incidência de muita luz não resolve o problema...
A "Fotografia de estúdio" implica uma reflectida preparação antes da captura, designadamente em relação à iluminação, pois pressupõe resultados cuidados no que toca ao detalhe e pormenor.
Como exemplo, podem observar a imagem abaixo. No Histograma são comparados os resultados de duas fotografias captadas em estúdio. A primeira (correspondendo à imagem final que é ilustrada no topo deste artigo) foi captada com recurso a uma "caixa de luz" verticalmente colocada sobre a flor; dois pequenos projectores laterais (revestidos a papel cavalinho de cor branca) direccionados indirectamente e duas "placas" de cartão-maquete "K-line" branco de modo a reflectirem suavemente a luz em direcção à flor. Só com uma iluminação suave e uniformemente distribuída é que é possível captar a textura e os detalhes das "nervuras" das pétalas do Narciso.
No segundo exemplo, podemos ver o que acontece quando pura e simplesmente recorremos à utilização, sem mais, dum Flash (neste caso um SB-900) em modo directo i-TTL montado na câmara...
Enfim, os resultados são pouco apelativos... Com se verifica no histograma, as pétalas ficam sobre-expostas uma vez que a câmara (mesmo usando, como foi o caso, a medição pontual nas pétalas) tende a compensar o negro do plano de fundo. Por seu turno, também este, contrariamente ao que deveria, não fica correctamente exposto e, em vez de ser negro, é dum tom acinzentado escuro.





No entanto, fotografar em estúdio pressupõe uma adequação a cada uma das situações, motivos ou objectos que fotografámos. Por vezes recorre-se a utensílios pouco ortodoxos e que nada têm a ver com fotografia... pincéis (para limpeza do que pretendemos fotografar); papeis/cartões de diversas cores e texturas (para criar reflexão indirecta ou "colorir" a luz, etc., etc.... mas são precisamente essas "invenções" que nos permitem alcançar os resultados que pretendemos!






 Algumas dicas:  


Ao fotografar objectos/produtos "em estúdio", os dois factores mais importantes são o controle da iluminação e a escolha do plano de fundo certo.
A principal função da iluminação de estúdio consiste numa correcta projecção e difusão da mesma.
Uma iluminação "bruta" ou pontual, além de criar fortes contrastes, tornar-se-á insuficiente para a correcta exposição de certos pontos do objecto que fotografámos. Não quer isto dizer que este tipo de iluminação não seja "correcta" mas sim que apenas servirá para certos e específicos casos em que pretendemos criar sobras duras ou fortes contrastes.
Na iluminação de estúdio não existe uma "norma" estandardizada. Cada caso é um caso. Cada objecto, cada situação, tem de ser estudada adaptando-se a iluminação em consonância.
Um dos melhores métodos que conheço para "acertar" com os resultados que pretendemos continua a ser o método de tentativa e erro. Além de, como acima já referi, cada objecto possuir as suas próprias características reflectoras temos ainda de ter em conta que nem sempre o efeito final pretendido é o mesmo para todos os casos...
Logo à partida, o modo de iluminação que empregámos faz variar os resultados.

 Tipos de iluminação de estúdio:  

Iluminação Directa e Iluminação Difusa

Enquanto que uma iluminação directa criará grandes contrastes e sombras profundas, por outro lado, uma iluminação difusa permitirá uma iluminação mais homogénea e controlada. Este segundo tipo de iluminação é obtido a partir de difusores e reflectores estrategicamente colocados.

Além disso, a própria distância a que se colocam as fontes de luz acabam por influenciar as sombras.
Associando uma iluminação difusa a um plano de fundo em forma de "S" facilmente eliminámos a "linha do horizonte". Esta é uma maneira simples e eficaz para fotografar objectos que queiramos destacar do mesmo.

Quanto a equipamento, as "Softbox" (também conhecidas por "Caixas de luz" ou "Janelas de luz", conforme lhe queiram chamar) são excelentes difusoras de luz!
Projectores revestidos (com tecido ou mesmo papel - atenção às temperaturas para não provocar incêndios..), também poderão ser bons modos de difusão de luz. Outra alternativa é a de projectar a luz emanada dos mesmos numa parede branca ou um reflector (ou, ainda, numa simples cartolina de cor branca). Qualquer uma destas formas transformará a iluminação "dura" dos projectores numa iluminação "mais suavizada".
Além disso, existem as tradicionais "Sombrinhas" reflectoras. Um equipamento acessível que proporciona uma boa difusão de luz. Existem em vários tamanhos e tipos, desde as opacas (revestidas a cor dourada - para criar tonalidades quentes - ou prateadas) que reflectem a luz num só sentido (retorno) e as translúcidas que, além de reflectirem de forma muito suave a luz permitem a passagem de parte da luz recebida. Podem, por isso, também ser usadas como filtro difusor no caso de serem viradas directamente para o objecto.

Resumindo o que até aqui disse, a fotografia de estúdio vive muito da improvisação!
Soluções simples, mas engenhosas, permitirão resultados melhores do que o recurso a melhor equipamento!
Acreditem que, muitas vezes, uma simples folha de papel branco usada para reflectir, difundir ou moldar a luz é mais útil que o melhor dos projectores!

 Objectos brilhantes  


De todos os objectos que podemos fotografar em Estúdio os mais problemáticos são os compostos por material de vidro ou metal dadas as características reflectoras desses materiais!
Se, além disso, as suas formas forem curvas, ainda pior... A solução para fotografar objectos deste tipo consiste em difundir ao máximo a luz. Tendas de Luz, Sombrinhas ou mesmo luz através de acrílicos translúcidos são geralmente uma boa solução.

 Tipos de plano de fundo 


A fotografia de objectos ou produtos em "Estúdio" não se resume somente a iluminação... Outro aspecto que em muito contribui para um bom resultado passa pela escolha dum adequado "Plano de fundo". A seguir menciono os mais comuns (pelo menos são estes os que mais utilizo):



  • Lisos - Os dois mais usuais são os de cor preta e os brancos. O preto é o ideal para criar contrastes e isolar o objecto. Por sua vez, o branco torna-se útil para recortar e destacar o objecto. Quanto ao material, quer em tecido, designadamente em veludo, quer em cartolina lisa são os Planos de fundo mais uniformes que se encontram. De igual modo, fundos em material acrílico (de cores diversas) porporcionam fundos lisos.




  • Texturados - Por exemplo, de papel que podemos facilmente adquirir em qualquer superfície comercial sob várias cores. Destaco o papel "Craft" e o "Crepe". Também tecidos coloridos e texturados podem dar bons resultados desde que, pelas suas cores ou texturas, permitam destacar o objecto do fundo (Exemplo: Câmara fotográfica Kodak ilustrada na imagem ligeiramente ao lado e acima).




  • Vidro - Este é um fundo óptimo para criar reflexos espelhando o próprio objecto fotografado (Exemplo ao lado : Fotografia do Flash Nikon SB-26).




  • Temáticos - Constituídos por qualquer elemento que permita servir de fundo e, ao mesmo tempo, criar um ligação temática com o que fotografámos. Madeiras, tecidos, etc... (Ao lado: Exemplo dum destes fundos temáticos que usei para fotografar um conjunto de equipamentos necessários aos pilotos para planeamento de viagens aéreas - um Mapa. A fotografia destinou-se a ilustrar um artigo publicado numa revista da especialidade).
    Ainda acerca desta fotografia, uma curiosidade:
    Após várias tentativas, a melhor “solução” de iluminação para fotografar este conjunto de objectos foi conseguida através da simples colocação do mapa/plano de fundo sobre uma mesa de vidro. Por baixo, uma lâmpada incandescente serviu de retro-iluminação de modo a realçar os tons quentes.

 Recorte Digital  




Complementarmente a todos os fundos que possamos usar existe ainda a possibilidade de, em posterior Edição Digital, recortar o objecto de todo o restante cenário criando uma total ausência de fundo. Esse é um dos métodos que utilizo frequentemente como se pode ver no exemplo (ao lado) da Mesa digitalizadora Wacom Bamboo (...já agora, Mesa essa que serve, entre outras coisas, como ferramenta para tornar mais preciso e simples o processo de recorte digital).

Fotografia ou Photoshop?!




Tópico aberto às opiniões… Photoshop! Sim ou não?
Por regra, com uma cadência (quase sempre…) semanal, lá vou escrevendo os mais variados artigos acerca de fotografia e mantendo activo este espaço.
Quer sejam pequenos artigos de opinião, quer sejam textos mais ou menos extensos, quer sejam artigos de teste vou mantendo a tradição…

P
ois bem, hoje lembrei-me de fazer algo diferente… Solicitar aos leitores que exprimam as suas ideias e opiniões!
Acerca de quê?
De algo que não podemos desassociar da “fotografia digital”: A edição de imagens!
A imagem que ilustra este artigo é um exemplo disso!
Até onde vai o limite do razoável?
Até onde podemos considerar que estamos perante o espírito da fotografia enquanto “arte de captar a luz” ou o ultrapassamos e passamos a ter um “trabalho” gráfico?

- O que costumam fazer ao editar as vossas fotografias?
- A que tipo de imagens será “lícito” proceder a edição?
- Quais os “passos” mais comuns que aplicam para editar as fotos?
- Quanto tempo “perdem” a editar as imagens?
- Etc. …

P
ortanto, vamos lá! Participem! Sintam-se livres para escrever o que quiserem acerca deste tópico!
Quer sejam dissertações, quer seja somente uma simples opinião, se acham que deve haver limites ou não, escrevam!
Inclusivamente, podem comentar e trocar opiniões entre vocês… fico passivo desta vez… ou talvez não! J


LZOS 3M 5A - 500mm f/8 (Catadióptrica) M42





 

Especificações
 
Distância focal/Abertura:
500mm f/8
Construção (elementos/grupos):
?
Ângulo de imagem:
Escala distâncias focais:
n/a
Diafragma:
n /a
Escala de aberturas:
n/a (Abertura fixa)
Medição de exposição:
n/a
Escala:
Desde 4m até ao ∞
Distância mínima de foco:
4m
Tamanho do filtro:
77mm
Dimensões (diam./comp.):
93 x 155mm
Peso:
1.113g (pesados)


Objectivas de espelhos…

Bom, sendo verdadeiramente objectivo, penso existirem apenas dois motivos para comprar uma destas objectivas:
1º - Necessidade duma objectiva que possibilite um grande aumento
2º - O seu baixo custo

De facto, estas objectivas catadióptricas (vulgarmente conhecidas como "de espelhos") são seguramente a maneira mais barata de conseguir produzir imagens com "grande aumento". Qualquer outra 500mm, mesmo que zoom, custará, no mínimo, cerca de 10 vezes mais!
Mas, sabendo de antemão que "não há bela sem senão...", então qual a razão para tal diferença de custo?
Basicamente, devido aos inerentes custos de produção dum e doutro tipo de objectivas. As "objectivas de espelhos" tem uma construção simples sem grandes quantidades de elementos ópticos (leia-se lentes), são desprovidas de diafragma, de anel de aberturas,...
Além disso, não seguem os padrões de qualidade e de exigência das "tradicionais" teleobjectivas da gama de distância focal dos 500mm.
Na verdade são objectivas construídas de modo diferente… o seu grande diâmetro, o relativo baixo peso e o seu pequeno comprimento (…leia-se para uma 500mm) indiciam, desde logo, essa diferença face às outras objectivas mais comuns.

Então como é que funcionam?
Por refracção e reflexão da luz através dum sistema combinado de espelhos, com forma curva, de modo a dirigir a mesma para a zona central e a projectá-la para o sensor/filme.
(Em baixo: Por mau que seja o desenho, penso que esclarece melhor que o texto…)

 


Resumindo, existem duas principais diferenças entre as imagens produzidas por um e outro tipo de objectivas:
A primeira, obviamente mais importante, é a qualidade de imagem. Concretamente, esta LZOS 500mm f/8 produz imagens muito "soft". Ou seja, sem grande recorte e nitidez.
Depois, a outra grande diferença que se pode encontrar é relativa à "qualidade" do desfoque (ou "bokeh"). Enquanto que uma teleobjectiva tradicional de 500mm (ou até de menor distância focal) produzirá, por norma, um agradável fundo desfocado, estas objectivas de espelhos produzem um tipo de desfoque desagradável... Os reflexos de luz nas zonas desfocadas são reproduzidos em forma de círculos (conhecidos por "Donuts") tornando o fundo bastante confuso e não ajudando a destacar o plano focado.

Em baixo podem verificar o aspecto genérico das objectivas deste tipo:



Falando um pouco mais acerca desta "LZOS 500mm f/8" de fabrico Russo...

 Construção: 
Duas palavras para descrever: Simples e sólida!
Basta dizer que até a tampa frontal de enroscar com os seus 77mm de diâmetro é de material metálico! Por isso, o peso indicado no quadro alusivo às especificações não contempla quer a tampa traseira, quer a frontal.
(Se não tentarem partir algo muito mais duro que Nozes com esta LZOS, ela deve resistir sem problema algum...!)
A única coisa que se move (mecânicamente/manualmente) nesta objectiva é o anel de focagem!
O seu movimento é suave e preciso... Não há muito mais para dizer...
Apesar das objectivas com sistema de encaixe, tipo rosca, "M42" não permitirem, em regra, a focagem ao infinito quando acopladas a câmaras Nikon, esta LZOS 500mm "foge à regra" e é completamente compatível.
O motivo da incompatibilidade das objectivas de encaixe "M42" com câmaras Nikon deve-se à diferença da distância da falange focal entre os dois sistemas ("M42" e "F"). Traduzindo: são objectivas preparadas para sistemas em que a distância ente a base do encaixe da objectiva na câmara e o sensor/filme não são rigorosamente iguais!
No sistema das objectivas "M42", para que foquem devidamente ao infinito, essa distância tem de ser de 45.46 mm enquanto que, no caso das Nikon "F" essa distância é de 46.50 mm. Pouco mais de 1mm!
Pois é! Mas essa "pequena" diferença, faz uma grande diferença!!! Além disso, há que ainda adicionar a espessura do adaptador... 
Utilizadores de Canon (EOS) ou Pentax relaxem...! Não existe este problema para vocês! Quanto aos utilizadores de câmaras Sony terão de escolher o adaptador certo... algumas versões à venda são "espessas" demais...
Bom, então porque é que esta "velha" objectiva de espelhos foca perfeitamente ao infinito nas Nikon?
As teleobjectivas (pelo seu diâmetro e comprimento), para compensar as dilatações a que estão sujeitas possuem uma determinada "folga" no que concerne ao anel de focagem. Focam "para além do infinito". Isto é "normal" e comum a muitas teleobjectivas.
Já agora, por curiosidade, já se deram ao trabalho de pensar na razão da Canon usar a cor "branca" nas grandes teleobjectivas e não fazer o mesmo nas objectivas de menor distância focal...?
Motivo: Quanto maior o corpo da objectiva mais sujeito vai estar a dilatações... Qual a cor que melhor reflecte a luz solar e menos raios absorve? O branco!  Bom, adiante...
Como dizia... esta LZOS tem uma enorme "folga" de focagem... mesmo quando utilizada em câmaras Nikon.

 Manuseamento:  
Um dos cuidados necessários a ter quando acoplamos uma destas objectivas a uma câmara deve ser o de manusear o conjunto segurando sempre o mesmo pela objectiva e não pela câmara! Apesar do pequeno comprimento, o peso desta 500mm "pendurada" na câmara pode fazer estragos... Como podem ver pelas imagens, não existe qualquer "anel de tripé". Apesar de praticamente obrigatório o seu uso, o ponto de união (com o tripé - ou adaptador/sapata de tripé)  faz-se apenas por dois pequenos suportes integrados no corpo da objectiva espaçados a 90º um do outro (imagem ao lado)... um para capturas no plano horizontal e o outro para capturas verticais. Nada prático...
No caso de pretendermos acoplar esta objectiva a modelos de câmaras (Nikon) de gama "pro" (D4; D3 e D2) há que ter algum cuidado com a zona inferior do pentaprisma aquando da montagem... fisicamente ficam encostados! Nem uma folha de papel passa entre o corpo da objectiva e da câmara! Em corpos de câmaras Nikon mais pequenas deixa de existir esse problema (o tamanho da zona do pentaprisma, responsável pela situação, nessas câmaras, é bem menor...).
Focagem... Desde que devidamente estabilizada e em boas condições de luz (dias de sol) a focagem é simples. Já não se pode dizer o mesmo em dias encobertos/nublados ou em condições de luz menos favoráveis... A abertura máxima de f/8 não deixa passar luz suficiente para, através do visor óptico, se poder focar com rigor... Além disso, a câmara não consegue sequer emitir o sinal de confirmação de aquisição de foco (o pequeno ponto verde)...

 Qualidade óptica: 
O grande "calcanhar de Aquiles" desta objectiva é precisamente este aspecto... Produz imagens muito "suaves" - com pouco recorte/nitidez!
Com alguma "pós-produção" e sem fazer crop´s lá se vai aproveitando... mas depende do que quisermos fazer com as fotos... Mesmo para uma utilização em tamanhos pequenos (Web) é notória a falta de recorte comparativamente a outros tipos de objectivas!
Mais abaixo podem ver dois exemplos de "crop´s" a 100% de imagens captadas com todo o cuidado possível. Melhor não dá mesmo... Falta "aquele" detalhe...
Além disso, os contornos dos objectos, quando fotografados em situações de grandes contrastes de luz, facilmente denotam aberrações cromáticas "Purple fringing" (franjas roxas/azuladas).
Por último, o já mencionado problema de formação de círculos de luz nas zonas desfocadas da imagem. Um exemplo disso (Imagem da Rola-turca) pode ser visto aqui » (abre em novo Link)

 Exemplos: 
Ficheiros convertidos directamente de RAW (Camera RAW 7.2 - CS6) para JPG sem qualquer edição 
(clicar nas imagens para visualização em tamanho real)


 



 Em resumo: 
Será boa ideia comprar uma destas objectivas catadióptricas?
Obviamente, pensando unicamente nos resultados, designadamente em termos da qualidade das imagens produzidas por estas objectivas, a primeira resposta que me surge é: - Não!
No entanto, tentando dar uma resposta mais sensata e abrangente passo antes a dizer que tudo pode depender do grau de exigência de cada um, com o que se pretende fazer com as fotografias e, acima de tudo e não menos importante, quanto temos ou quanto pretendemos gastar!
Portanto, quem precisar duma objectiva com grande capacidade de aumento; não se importar com o facto de apenas poder focar manualmente; não precisar de captar fotos em condições de pouca luz; não se importar com a qualidade dos desfoques nem com a qualidade da imagem em termos de recorte e definição e quiser gastar pouco, estas objectivas são, definitivamente, a escolha acertada!
Não se consegue melhor pelo preço que custam! Mas é sempre bom saber com o que podem contar antes de comprar... desse modo, se ficarem surpreendidos só pode ser pela positiva!



Qualidade Óptica
★★☆☆☆
Qualidade de Construção
★★★★
Versatilidade
★★☆☆☆
Manuseamento
★★☆☆☆
Valor
★★☆☆☆


Onde comprar:
Sítio do Cano Amarelo  

Problema de falha no LCD da Nikon!












Já por algumas vezes me chegaram rumores de problemas relacionados com uma avaria ou mal-função no ecrã LCD traseiro de câmaras Nikon.
Todavia, apesar de ter já usado variadas câmaras SLR-D (Nikon, Canon, etc.), nunca tinha pessoalmente passado por essa experiência… até hoje….
Um dos motivos porque escrevo este “Post” é tão-somente partilhar a experiencia com vocês e descansá-los (na eventualidade de vos acontecer situação idêntica…) pois a “avaria” não é, em certos casos, permanente….



P
ois bem…
Domingo, dia de sol, teleobjectiva 500mm Russa para testar e lá fui eu para o “campo” captar mais umas fotos… Levei uma Nikon D300 e, claro, levei ainda um robusto tripé, cabo disparador, …
Ok! Adiante…
Tudo corria bem. Assentei “praça” e montei o tripé num local com ervas e terra húmida, liguei o cabo disparador à Nikon D300, acoplei a LZOS 500mm…
(neste momento, certamente que estarão a pensar “mas para que raio interessa esta descrição?!”… mais à frente ficarão a perceber porque é importante…)

Continuando…
Estava, então, no dito local há cerca de 15 ou 20 minutos, tinha captado apenas uma meia-dúzia de fotos, quando, sem mais, ao tentar rever a última foto que acabara de captar, o LCD traseiro da Nikon D300 se recusava a mostrar qualquer imagem! Parecia ter “morrido” de vez! Todas as restantes funções da câmara funcionavam perfeitamente mas qualquer visualização que se tentasse através do LCD não era possível! Ou seja, não se podiam rever as imagens, não se podia aceder à visualização dos itens do Menu e o sistema "Info" de informações relativas à exposição via LCD também não funcionava!

Então o que fazer?!
Segundo parece, existem variadíssimas razões pelas quais este “fenómeno” pode acontecer… Desde falta de contacto nas ligações do cartão de memória, problema de contactos da bateria, …

 Cá fica uma série de “operações” que, por razões lógicas, tentei para sanar o problema: 

  1. Desligar a câmara
  2. Retirar o cabo disparador
  3. Retirar o cartão de memória
  4. Retirar a bateria
  5. Voltar a colocar a bateria
  6. Colocar de novo o cartão de memória
  7. Ligar a câmara
 Existem ainda outras operações que se podem (devem) tentar se o acima descrito não resultar: 

  1. Formatar o cartão de memória na câmara (isto pode ser relevante se utilizam o cartão noutras câmaras ou guardam ficheiros doutros equipamentos nele…)
  2. Actualizar a versão de firmware da câmara (caso não esteja actualizada)
  3. Retirar a objectiva e substituir por outra (no meu caso não foi necessário uma vez que a 500mm que estava a utilizar não tem quaisquer contactos eléctricos)
Resultou?! No meu caso, não!

Finda esta fase, os mais enervados e impacientes certamente que estarão já a pensar em usar a câmara como arma de arremesso…
Não, não façam isso… ainda. Lembram-se, mais acima, de ter nomeado as condições em que estava a captar as fotos? “…ervas e terra húmida…”?
Pois bem, pode ser esse um dos factores responsáveis pela “avaria”…!

Continuando o relato…  
Na altura, não havia muito mais a fazer uma vez que já tinha tentado quase tudo para “reanimar” o LCD e não havia conseguido… só faltaria fazer um “reset” à câmara mas decidi vir para casa antes de tentar essa opção.
Chegado a casa, bastou ligar a câmara normalmente e… “Voilá”! Eis que tudo funcionava certinho sem mais nada ter feito!
Reflectindo sobre o assunto (correndo o risco de poder estar errado, claro) cheguei à conclusão que a câmara não tem qualquer avaria e que a “causa” deste problema tinha de ser externa à câmara… Ou seja, partindo do princípio que a D300 não tem características “auto-regeneradoras” e não se conserta por si mesma… o que motivou a falha foi um factor extrínseco à câmara!

Bom, na verdade existe um outro factor, que penso poder ser o verdadeiramente relevante e responsável pela situação que não vos contei…
O local onde estive a captar as fotos ficava muito próximo (mais concretamente por baixo), duns cabos de distribuição eléctricos de “Alta tensão”.
Em que é que isso poderá ter influência??? Electricidade estática!
Outra conjectura: Condensação! Terra húmida, início do dia, sol a incidir na câmara…

Resumindo… Lá se foi uma manhã de sol sem fotos!
Aspecto positivo: É esperar uma meia hora e já temos câmara de novo!