Carl Zeiss Jena 65mm f/2.8 Flektogon









Eis a Carl Zeiss 65mm f2.8 Flektogon!

A
primeira coisa que reparamos é na imponência do diâmetro frontal desta objectiva: 86mm!

Depois, "gostos são gostos" mas, sinceramente, acho esta objectiva um belíssimo exemplar sob o ponto de vista estético.
A Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon é uma objectiva construída para utilização em câmaras de Médio-formato, designadamente com encaixe "Pentacon six". Concretamente, o modelo hoje em análise, que penso tratar-se da 1ª versão, data de 1958.
Todavia, através dum adaptador pode ser usada em câmaras SLR-Digitais (Canon, Nikon, Sony, Pentax,...).



A pergunta que se coloca é: Valerá a pena usar estas objectivas nos dias de hoje?
A resposta, ao que tenho testado, varia de objectiva para objectiva. Há casos em que só por nostalgia (ou teimosia) é que valerá... noutros, não tenho qualquer dúvida em afirmar que sim. Vale!
Esta Zeiss 65mm f/2.8 é precisamente um desses casos!
Esta foi mais uma das objetivas que me foi cedida para testar. Apesar de não se encontar a 100% das suas capacidades, como mais à frente explicarei, é capaz de produzir imagens absolutamente fantásticas!
A primeira sensação com que ficamos quando a montamos numa DSLR é que a mesma não lhe pertence. E, de facto, não... Dado o peso desta objectiva e o acrescento que colocamos entre a mesma e a câmara (o anel adaptador) o centro de gravidade fica todo na frente da objectiva tornando o conjunto câmara/objectiva desequilibrado. No entanto com alguma utilização acabamos por esquecer esse problema.
Depois, já que estamos a falar do "menos bom" outro senão da Carl Zeiss reside na dificuldade de rodar o anel de focagem. É pequeno, fica rebaixado entre a escala de aberturas e o enorme anel metálico de suporte ao elemento óptico frontal e oferece alguma resistencia ao rodar.

Agora, passando às coisas boas... hum... é melhor resumir às verdadeiramente importantes:
  • Excelente qualidade de construção
  • Muito boa qualidade óptica
  • Excelente cor!
E "prontos"!!!

Embora a objectiva que usei precise duma limpeza aos elementos ópticos internos deu para "descobrir" ainda mais algumas surpresas... Tal como a Carl Zeiss 80mm f/2.8 Biometar, também de Médio-formato, que muito recentemente também usei/testei, esta Carl Zeiss 65mm 2.8 possui uma clara capacidade de separar planos focais, Já o "Bokeh" apesar não ser comparável ao da Zeiss 80mm Biometar não deixa de ser agradável. (Começo a pensar que se trata duma característica comum às objectivas de Médio-formato quando usadas nas DSLR...)



Estas objectivas, sem CPU, podem facilmente ser utilizadas com uma compatibilidade a quase 100% (excluindo a focagem, claro, que continuará a ser unicamente possível no modo manual) nos modelos de câmaras Nikon mais avançados (ver aqui alguns do modelos, compatibilidades e como configurar as câmaras  - abre em novo Link).


Câmaras NIKON onde podem ser utilizadas objectivas sem CPU e sem fecho automático de diafragma * 
Com formato de sensor APS-C (DX):
  • D200
  • D300/s
  • D7000
  • D2x/xs
Com formato de sensor Full Frame (FX):
  • D700
  • D600
  • D800/E
  • D3 (todos os modelos)
  • D4
SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE LUZ:
- Matricial (2D)
- Central ponderada
- Pontual
* Fisicamente em todos os outros modelos SLRD da Nikon. Todavia, a medição de luz terá de ser "adivinhada" uma vez que os restantes modelos (não mencionados) não possibilitam a indicação de distância focal e abertura máxima de modo a fornecer à câmara elementos para calcular a exposição correcta. Com algum "treino" e uso do Histograma conseguem-se valores de exposição correctos.


No caso da distância focal de 65mm, como ela não existe pré-configurada nas DSLR, podem utilizar a distância focal mais próxima -70mm - e seleccionar a abertura de f/2.8. Esclareço, contudo, que no caso de se utilizarem objectivas com o adaptador "Pentacon six" - em câmaras Nikon ficamos sem outra informação: a relativa à abertura de diafragma usada. Assim a informação "Exif" será sempre f/2.8 (ou, no caso doutra objectiva de abertura máxima diferente, a que escolhermos...). No entanto, a informação no visor óptico apesar de indicar sempre essa abertura permite ajustar a exposição de acordo com a informação, lida pela câmara, através do exposímetro (no modo de exposição "M").
Em todos os restantes modos de exposição ("P"; "S" e "A" continua a ser possível captar fotos fornecendo a câmara a leitura de luz com a correspondente indicação de velocidade de obturação de acordo com a abertura de diafragma usada (só seleccionável no anel de aberturas da objectiva).
Bom, de caso para caso, pode haver uma ligeira incorrecção na medição e luz. Incorrecção que, não obstante, se corrige facilmente mediante uma ligeira compensação da exposição (geralmente para o negativo). 


Em relação à CANON, com um adaptador próprio para a marca -  “Pentacon six – Canon” - este tipo de objectivas pode ser usado, com focagem manual, nos programa “AE” (prioridade à abertura) e "M" (Manual). Tal como no caso da Nikon, a focagem ao infinito também é possível. De igual modo, a medição de luz é efectuada via fecho/abertura manual do diafragma da objectiva através de seleccção no anel de aberturas.  

Existe ainda uma adaptador para a Canon com “Chip” de confirmação de foco. A quantidade de modelos da Canon onde podem ser utilizadas estas objectivas é bem maior que os da Nikon. A Carl Zeiss 65mm f/2.8 (ou outra qualquer objectiva de Médio-formato com encaixe “Pentacon Six”) pode ser usada nos seguintes modelos EOS:


EOS 1D, 1Ds, Mark II, III, 5D, 5D Mark II, 6D, 7D, 10D, 20D, 30D, 40D, 50D, Digital Rebel XT, XTi, XS, XSi 300D, 350D, 400D, 450D, 500D, 550D, 650D
(...bem como todas as outras câmaras que possam utilizar objectivas da série “EF”)

Devo dizer que a utilização da Zeiss 65mm, face às objectivas recentes, com sistemas de auto-focagem, redução de vibrações, etc., etc.., não é fácil, nem prática! Pois é, nem tudo pode ser bom... O razão porque o digo reside, essencialmente, em dois motivos: Focagem e manuseamento! Quanto à focagem já o disse: ... apenas Manual. Para muitos não será problema, para outros tantos, sim!
Segundo motivo (ainda relacionado com a focagem): visualização do cenário a fotografar. Explicando: Como o diafragma da objectiva não funciona de modo automático, quer isto dizer que, para proceder à focagem temos muitas vezes que rodar o anel de aberturas para valores entre os f/2.8 a f/5.6 para conseguir visualizar a focagem (e também se quisermos a confirmação de foco através do pequeno ponto verde no visor) pois doutro modo a cena fica escura tornando impossível focar correctamente... Por isso, abrir o diafragma antes de cada exposição (a menos que os valores se situem entre os f/2.8 e f/5.6 em boas condições de luz) para focar e de seguida então seleccionar a abertura de diafragma pretendida através do anel de selecção de aberturas da objectiva torna-se um processo inevitável que, além de demorado, é muito pouco prático!

(As objectivas com abertura automática de diafragma ficam, por defeito, com o diafragma aberto na sua máxima passagem de luz quando acopladas a uma câmara. Ou seja, na sua abertura máxima a que corresponde o valor de f/stop mais baixo.
Desse modo, permitem uma grande passagem de luz de modo a facilitar a focagem e visualização da cena. Só quando clicamos no obturador é que o diafragma se fecha, durante a exposição, para o valor seleccionado. Se, porventura, o valor seleccionado for o mesmo da abertura máxima (menor número f/Stop) então não haverá qualquer fecho.
Uma maneira de confirmar o quão escura fica a visualização da cena com o uso de diferentes valores f/stop é a de simular a profundidade de campo através do botão específico para o efeito variando a escolha das aberturas (apenas existente em alguns modelos de câmaras).  Esse botão – de simulação de profundidade de campo – mais não faz que, enquanto pressionado, fechar o diafragma da objectiva para o valor que escolhermos na câmara.)

Já agora, ainda em relação à selecção de aberturas de diafragma na objectiva, o anel destinando para o efeito permite "clics" com intervalos de 1/2 f/stop entre os valor inscritos. Ou seja, funciona com base numa escala de 1/2 f/stop.

Imagens captadas com esta Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon*:
*(apenas redimensionadas c/correcção de contraste e compensação de nitidez)



1ª Imagem (à esquerda):
Nikon D2x + adaptador Pentacon six > Nikon F + Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon
@ f/2.8, 1/500seg. (-0.3Ev), ISO 100, Medição Matricial (2D), Exposição c/prioridade à Abertura ("A")
 2ª Imagem (à direita):
Nikon D2x + adaptador Pentacon six > Nikon F + Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon
@ f/4, 1/60seg., ISO 100, Medição Matricial (2D), Exposição c/prioridade à Abertura ("A")


Este tipo de objectivas, dotados de personalidade própria permitem, por isso mesmo, resultados únicos. Quer sejam, o “Bokeh, a divisão de planos focais, as cores, a nitidez (ou falta dela), etc.., cada uma delas possui características distintas. No caso da Zeiss 65mm Flektogon (apesar do problema relatado) saliento as magníficas cores que produz.
No entanto, dado as condicionantes, acima referidas, quanto à sua utilização, não são objectivas talhadas para a maioria dos utilizadores nem compatíveis com todas as câmaras…

Como isto já vai longo, vou resumir:
- Gostei!

Qualidade Óptica
★★★★
Qualidade de Construção
★★★★★
Versatilidade
★★★☆☆
Manuseamento
★★★☆☆
Valor
★★★★

Onde comprar:
 Sítio do Cano Amarelo  

Ainda a Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon


Nikon D2x + adaptador Pentacon six > Nikon F + Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon
@ f/4, 1/160seg., ISO 100, Medição Matricial (2D), Exposição Manual *

Mais uma foto captada com a Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon (ligeiro "crop" na parte superior da imagem).
Um discreto batente (...puxador?) de porta algures na Praça da República, em Viana do Castelo... Tal como eu, provavelmente muitos por lá já passaram sem nunca ter reparado, em pormenor e com a devida atenção, no mesmo.
Coisa simples mas que resulta bem com a Zeiss 65mm!

* (Edição: acerto de níveis, principalmente o contraste...)

Uma "nova" objetiva em teste: Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon


Nikon D2x + adaptador Pentacon six > Nikon F + Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon
@ f/8, 1/1000seg., ISO 100, Medição Matricial (2D), Exposição Manual

Uma "nova" objectiva que me foi cedida para testar e dar a opinião.
Observando a imagem, aquilo que me ocorre dizer é simplesmente: Fabulosa! E é mesmo!
Esta Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon, já com vários anos de construção consegue produzir imagens com cores e detalhes absolutamente apaixonantes! Não usei exaustivamente esta objectiva mas uma coisa é certa: Gostei de quase todas as fotos que captei. Tem um dom! O de transformar capturas de coisas simples em imagens poderosas!
Antes de mais devo dizer que a imagem que hoje publico (ao que penso) não faz sequer "jus" às potencialidades desta objectiva e do que ela é capaz!
Passo a explicar: É com algum desgosto que fotografo com esta objectiva... Aquilo que vemos quando captamos fotos através do visor óptico ou mesmo na revisão no LCD das câmaras não corresponde às imagens tal como as vemos... Na verdade, esta objectiva conta já com uns bons "anitos" e, como é normal, precisa duma limpeza aos vários elementos ópticos.
Ou seja, na essência produz imagens como a que vêem mas só depois de editadas... A imagem apenas sofreu um acerto de contraste! Tudo o resto corresponde ao ficheiro nativo. E, antes que alguém pergunte, não... não foi usado qualquer filtro polarizador nem sequer saturadas as cores originais!
Cores e definição verdadeiramente exemplares! Além de tudo isso, quanto a mim, enquanto componente fotográfico em si mesmo, esta objectiva é bem construída e esteticamente apelativa. Daqui a algum tempo, como é costume, publicarei um artigo acerca da mesma onde colocarei algumas imagens!

Na imagem:
"Rio Cávado", uma embarcação pertencente ao Município de Esposende, actualmente em reparação nos estaleiros locais.

Carl Zeiss Jena DDR 80mm f/2.8 MC Biometar










A última objectiva da marca Carl Zeiss que me lembro de ter testado não colheu muito boa impressão. Era uma 50mm f/1.7 Jena Tessar com encaixe M42. Quando usada em câmaras DSLR, designadamente da Nikon, não foca a mais que 1,5 ou 2 metros de distância. Por outras palavras, como se costuma dizer, não "foca ao infinito" o que a torna inútil para a maior parte das situações ou motivos fotográficos.
Pois bem, desta vez torno a testar uma Carl Zeiss e as coisas são bem diferentes...
O modelo de que hoje falo, na verdade, é uma objectiva destinada a ser utilizada em câmaras de médio-formato com encaixe "Pentacon six" ou, como também é conhecido "P6".
A sua utilização com câmaras de 35mm ou DSLR (FX ou APS-C) só é possível mediante recurso a adaptadores especiais para o efeito.



No entanto há que salientar, desde já, que estas objectivas quando utilizadas com adaptadores permitem a focagem normal em todo o curso de distâncias.
A fama da sua utilização em câmaras de pequeno formato não é contudo a melhor... dependendo da marca, modelo e tipo de objectiva os resultados podem ser piores ou melhores.
O que posso dizer é que, desde início, fiquei completamente rendido a algumas características desta Carl Zeiss Jena DDR 80mm f/2.8 MC Biometar!
A sua utilização não será fácil e prática mas certamente que os resultados valem o sacrifício. Até porque não me lembro de outra capaz de certas nuances como o excelente "Bokeh" e divisão de planos!
Se é certo que essa é uma característica típica do médio-formato e que o distingue precisamente do 35mm, não é pela mera utilização das mesmas objectivas que o vamos conseguir com o segundo formato referido.
Mas, facto é, que esta 80mm f/2.8 Biometar montada numa DSLR consegue melhor que as tradicionais objectivas construídas para o formato 35mm.



Depois de limpa, coloquei esta objectiva com o adaptador numa Nikon D2x e, a primeira coisa para que "apontei e disparei" foi um estendal de roupa... Epá! Nunca gostei tanto duma foto dumas simples meias a destacar-se no meio de toda a outra roupa! A fantástica separação de planos, o "falso" efeito 3D, chamou-me de imediato a atenção. Com objectivas de 35mm, mesmo com as de maiores aberturas nunca me lembro de ter conseguido tal!
Esta Carl Zeiss Biometar 80mm, quando usada nas câmaras para que foi concebida, tem uma equivalência (em termos de proporção e ângulo de imagem) a uma objectiva "normal" de 50mm no formato mais pequeno de 35mm. Por outro lado, quando utilizada numa DSLR de formato de sensor DX equivale a uma 120mm.... no mesmo formato de 35mm. Este é um dos aspectos que "desvalorizam" de certa maneira o interesse que estas objectivas possam valer. De facto a distância fixa de 120mm acaba por se tornar desinteressante... É pouco para fazer de teleobjectiva e demais para fotografia de paisagem... para retrato colocam-se-me algumas dúvidas...

Achei extremamente interessante sim, a capacidade de conseguir um suave fundo para aplicações em fotografia publicitária (de produto) e/ou de estúdio.
Entre os f/4 e os f/11 (ou seja, exceptuando os valores limites de f/2.8 e f/22, respectivamente) a qualidade da imagem (recorte/definição) é muito boa.*


Cor: Ligeira tendência para as cores quentes
* Nitidez/Recorte: Não podendo ser considerada uma objectiva de referência ou de "excepcional" recorte, esta Carl Zeiss 80mm Biometar "foge", contudo, à fama de "Softfocus" típica das objectivas mais antigas. Em relação ao contraste, esse sim, é um pouco "soft".
No entanto, apesar de ser construída para uma utilização com formatos de registo grandes (50x39mm ou mais) quando usadas com formatos comuns das actuais câmaras digitais do tipo de sensor APS-C (~24x16mm), continua a ser notória a diferença de qualidade obtida no centro da imagem e nos cantos... Ou seja, os cantos da imagem não apresentam o mesmo nível de definição/recorte que a parte central. E assim fica desfeito um mito! Seria legitimo supor que este tipo de objectivas, construídas para uma utilização em formatos maiores, quando usada em formatos APS-C, conseguiriam resultados uniformes em termos de recorte por toda a imagem uma vez que utilizavam apenas a parte central das lentes... mas não!

Imagens de exemplo:
+
Excelente "Bokeh" e separação de planos focais
Facilidade de manuseamento - tudo roda e funciona de maneira suave e precisa
Construção robusta
-
Distância mínima de focagem
Dificuldade em focar com precisão (principalmente a distâncias inferiores aos 2 metros) devido ao grande curso do anel de focagem
Necessidade de abrir o diafragma antes de cada obturação para conseguir focar devidamente (com aberturas inferiores a f/8 o visor óptico torna-se bastante escuro impossibilitando verificar com rigor a focagem)
Modo de exposição somente Manual
Distância focal relativamente desinteressante quando usada numa câmara DX (equivalente a 120mm)

Qualidade Óptica
★★★★
Qualidade de Construção
★★★★★
Versatilidade
★★☆☆☆
Manuseamento
★★★☆☆
Valor
★★★☆☆


Samyang 8mm Fisheye: Em testes, "no terreno"!


Nikon D2x + Samyang 8mm f/3.5 Asp. IF MC Fisheye
@ f/3.5, 1/20seg., ISO 200, Medição Matricial, Exposição Manual *

Este fim de semana (prolongado, este ano, pela última vez...face às decisões dos nossos políticos em acabar a partir daqui com o feriado do "Dia da Implantação da República") aproveitei para testar "no terreno" duas objectivas que levei comigo.
No fundo acabei por só poder utilizar uma delas: A Samyang 8mm Fisheye.
A outra, uma Carla Zeiss Jena 65mm f/2.8 Flektogon (de Médio formato), vai ter de esperar até ser alvo duma cuidada limpeza...
Bom, as Fisheye são objectivas muito específicas (como não me tenho cansado de dizer...) e destinadas, essencialmente, a uma utilização criativa. "Fazem" fotografias tão boas, ou tão más, consoante o uso que lhes soubermos dar...
Antes de mais, sempre que utilizámos uma destas objectivas, devemos conhecer qual o tipo de deformação que a mesma faz, bem como o(s) locais na imagem a partir do qual a faz e com que intensidade. Basicamente é isso que vai fazer com que seja mais ou menos notório o efeito de "olho de peixe"!
Por exemplo, na imagem do topo, se tivesse escolhido colocar a linha do horizonte no centro do fotograma (em vez de a colocar bem na parte superior, quase a encostar no limite do enquadramento), não haveria qualquer deformação visível nessa mesma linha. Seria uma linha perfeitamente recta sem qualquer curvatura!
Adiante... daqui a mais algum tempo falarei mais em pormenor acerca das características desta Fisheye. Para já uma coisa é certa: Estas objectivas são puro divertimento!
Ah! E consegui chegar a casa com os pés secos! .... Algo que nem sempre acontece!

* Na foto:
Praia de Cepães, Marinhas - Esposende
Dia 6/10/2012 pelas 18:16h (sem tripé!)

Embora já tenha publicado a foto na página do Facebook cá fica um outro exemplo:


Nikon D2x + Samyang 8mm f/3.5 Asp. IF MC Fisheye
@ f/7.6, 1/200seg., ISO 100, Medição Matricial, Exposição Manual

Ainda a "Zeiss" de médio formato...


Nikon D2x + adaptador Pentacon six > Nikon F + Carl Zeiss Jena DDR 80mm f/2.8 MC Biometar
@ f/8, 1/2000seg., ISO 100, Medição Matricial (2D), Exposição Manual
E lá continuo com a "Zeiss". 
O sol, neste início de Outono, tem convidado a saídas à beira mar... Uma oportunidade de tirar mais algumas fotografias e, neste caso concreto, testar a resistência aos reflexos da objectiva que tenho "andado" a usar/testar este mês. Na altura o sol estava precisamente de frente (um pouco acima da margem do topo superior da foto) e mesmo sem pára-sol ou outra qualquer protecção não existem reflexos visíveis. Só o "espelhado"  das ondas ressalta neste contra-luz. Bem bom!

* (Imagem convertida para p&b apenas com ligeiro "Unsharp" para compensar o redimensionamento)