Uma pequena brincadeira... apenas para desejar a todos as melhores entradas no novo ano e um excelente 2012!



Desejo a todos um Bom Natal e um óptimo 2012!

Zorki - 4K (1972-1978)


"Zorki" - Uma marca de câmaras fotográficas de origem Soviética!
Curiosamente, as câmaras desta marca ficaram conhecidas, também, como as "Leica" dos pobres!
A razão de ser desta comparação reside nas semelhanças estéticas com os modelos da marca Alemã "Leica" que os Russos copiavam.
Na fábrica da KMZ (Krasnogorsky Mekhanichesky Zavod) - que também produzia as câmaras da marca "Zenit" - perto de Moscovo, produziam-se as Zorki "imitação" das Leica. Contudo, apesar de aparentarem ser extremamente robustas e esteticamente idênticas, as Zorki, não tinham nem a mesma "agradabilidade" de uso nem a resistência das originais Leica! Apesar disso, a sua construção é inteiramente metálica e mesmo com o seu reduzido tamanho pesam cerca de 700g!



Há tempos atrás, durante uma breve visita a um técnico reparador de equipamento fotográfico tive a oportunidade de constatar a relativa fragilidade destes equipamentos! Só desta marca (Zorki) havia várias câmaras a aguardar reparação (e restauro...?)! (foto no final do artigo)
A avaria mais comum, ao que julgo, evidencia-se ao nível do sistema de obturação. Diga-se, em abono da boa verdade, que também não há assim muitos mais componentes para avariar...
No entanto, devidamente restauradas, são câmaras que têm, na minha opinião, um aspecto deveras apelativo e constituem bonitas peças de colecção!






 A apresentada na imagem é uma "Zorki - 4K". Talvez, o modelo mais popular de toda a gama de câmaras desta marca!
Foram produzidas mais de 500.000 unidades deste modelo entre os anos de 1972 a 1978!
Todavia, nem todas são iguais... os modelos mais recentes "perderam" os encaixes (argolas laterais) destinados a segurar a correia.
Outra curiosidade: Os dois primeiros algarismos do número de série representam sempre, neste modelo, o ano em que a câmara foi produzida!






A variante "K" difere do originário modelo "4" apenas em dois pormenores: o carreto que é, nesta mais recente versão, fixo e o botão de avançar o filme que passou a ter uma forma mais convencional (com braço - tal como a conhecemos nas recentes câmaras de 35mm) em vez do anterior botão redondo, pouco prático e lento.










É "normal" ver câmaras, deste modelo, com as inscrições praticamente "apagadas". Quer as respeitantes à indicação das velocidades de obturação, que mesmo a da própria marca. Já de mais fácil restauro é a, também, "normal" descolagem do revestimento preto - uma espécie de tela decorada com entrançados.






Estas câmaras clássicas tem sempre um ou outro "truque" ou pormenor de funcionamento que convém saber antes de as utilizar... Pois bem, estas Zorki 4 não fogem à regra e existe um aspecto, em particular, a que devemos dar atenção: A selecção de velocidade de obturação! Como o botão destinado ao efeito roda de cada vez que carregámos no obturador, deve ser seleccionada a velocidade pretendida (entre 1-1/1000 seg. ou B) somente após avançarmos o filme e consequentemente activarmos o mecanismo para a próxima foto. Se assim não se fizer e insistir em rodar (seleccionar a velocidade) antes de "armar" o obturador corremos o risco de o partir ao rodar o botão de avanço do filme!

As objectivas que acompanhavam estas Zorki 4 obedeciam ao formato de encaixe de rosca "M 39" e tanto eram as "Jupiter 50mm f/2" (caso da representada na imagem) com as "Industar 50mm f/3.5".
Enfim, uma bonita câmara clássica de colecção!


 
Características/Especificações da Zorki 4 K:
Anos de produção: 1972 a 1978
Distância focal: 50mm
Abertura Max: f/2
Objectiva: Jupiter
Obturador: 1 - 1/1000, B e T
Corpo: Metal parcialmente revestido a tela
Rolo: 35mm (24x36mm)

Wacom Bamboo CTH 470 "Pen & Touch" (Mesa gráfica)




Falar de “Fotografia digital” é, hoje em dia, falar de “Edição digital”. Na verdade, estes dois conceitos estão tão intrinsecamente ligados que raramente os podemos desassociar.

Nesse sentido, são vários os programas informáticos que conhecemos destinados à edição das imagens captadas pelas câmaras digitais. Programas pagos como Photoshop, Lightroom, Capture Nx, Phase One, etc. ou outros, de distribuição e uso gratuito, mais elementares como o Picasa, Infraview, entre muitos outros, fazem já parte dos computadores de todos aqueles que, depois de captadas as imagens, as pretendem editar!

Bom, mas além do já mencionado computador (PC ou Mac) existem ainda equipamentos que facilitam essa "Edição Digital".
A imagem do topo serve como exemplo demonstrativo da utilidade das mesas gráficas. Toda a imagem foi facilmente recortada e mudado o fundo com a Wacom Bamboo!



As Mesa Gráficas são, precisamente, um desses casos. Existem de variadíssimas marcas, modelos e tamanhos. Experimentei em tempos uma Wacom Intuos de tamanho A3 que achei grande demais para a finalidade em causa: Edição de imagens! Para este tipo de utilização não é necessária uma área de trabalho tão grande. Aliás, quanto maior for, mais movimentos amplos teremos de fazer. Uma utilização destas mesas para fins de Desenho possibilita um traço mais livre mas, na minha opinião, para edição de imagem esse tamanho torna-se num inconveniente.

Posto isto, passamos para as chamadas mesas gráficas pequenas. Também  existem uma variedade delas... Contudo, os produtos da Wacom tem fama reconhecida neste tipo de equipamento e esta pequena Wacom Bamboo (embora eu, digo desde já, não seja muito conhecedor na matéria) penso que segue a tradição.

Existem duas versões (neste tamanho) destas mesas gráficas "Bamboo": A Wacom Bamboo CTL 470 - que só funciona através de caneta (a custar cerca de € 60,00). E a que me pareceu mais apelativa, a versão CTH 470 "Pen & Touch" (cerca de € 90,00), o que significa que tanto pode ser usada com caneta (fornecida) como somente com movimentos de "toque" de dedos tal qual como num "touchpad" dum PC-portátil! A completar a gama, temos a versão de tamanho maior, CTH 670.
Esta Wacom Bamboo CTH 470 "Pen & Touch" foi introduzida no mercado há relativamente pouco tempo e faz parte da última (terceira) geração deste modelo de mesas. Acrescenta em relação ao anterior modelo (460) algumas inovações destacando-se, além da parte estética, o aumento e precisão de sensibilidade.
Resumidamente:
Adorei o seu funcionamento através da caneta, o qual é extremamente simples e preciso e, por outro lado, fiquei menos satisfeito com o seu funcionamento por toque. O reconhecimento é impreciso e facilmente a mesa "confunde" o tipo de toque e o que se pretende fazer com outra qualquer função transformando simplicidade em confusão....isso ocorre em certas situações... nomeadamente com as simples indicações de girar/rodar ao editar imagens grandes "ampliadas" a 100%!

As possibilidades de configuração e personalização são bastantes (para a caneta) mas para a função "touch" não encontrei grandes regulações...


Bem útil é o teclado Alfanumérico, que recolhe automaticamente para um canto do ecrã e reaparece sempre que detecta algum campo de inserção de números ou letras. Desse modo dispensa-se o uso do teclado:



Pese embora este equipamento seja de fácil instalação (via cabo USB), para tirar proveito deste equipamento necessitamos mesmo de instalar o software que o acompanha e que vem no CD. Caso contrário, o sistema operativo não vai reconhecer completamente o mesmo nem todas as suas funções.
Quem quiser pode ainda adquirir um "Kit Wireless" que se conecta na parte lateral e que possibilita o seu uso sem fios.



Que mais posso dizer...
A caneta não precisa de pilha, existem algumas aplicações para descarga "on-line" exclusivas para a mesma... os quatro botões existentes na mesa são programáveis... enfim, pelo caminho, deixo alguns "screenshots" relativos ao software e funções e, acima, o vídeo promocional!
Prático e útil.
Gostei e recomendo! Quem sabe possa ser uma ideia de prenda para o Natal!

Nikon SB-910 - O "novo" Flash da Nikon

Imagem: © Nikon USA



E aí está o novo flash da Nikon: O SB-910!

Oficialmente introduzido no mercado no pretérito dia 29/11/2011, visualmente quase em nada difere do SB-900. E quanto a características técnicas o mesmo se pode dizer. Existe uma ou outra diferença no grafismo e é imperceptivelmente mais pequeno...

No fundo, não me parece que as inovações justifiquem sequer um novo nome de produto mas como ultimamente a marca tem sido parca em lançamentos de novos equipamentos...
Na realidade (a julgar pelos dados oficiais disponibilizados pela Nikon), neste "novo" Nikon SB-900, só duas alterações dignas de relevo foram efectuadas em relação ao modelo anterior.

Uma prende-se com o muito criticado problema de sobreaquecimento que, supostamente, passa a ser agora controlado de forma mais eficiente no novo modelo à custa dum tempo de recarga mais longo, bem assim, como a gestão e duração das baterias. A outra alteração é, por sua vez, uma correcção de uma dos problemas que também "critiquei" quando redigi o artigo do SB-900: Os filtros de acoplar para correcção de cor. Esses são, agora, em plástico rígido em vez de plástico tipo acetato!

E não haverá muito mais a dizer sobre este novo produto pois pressinto que, sinceramente, seria uma duplicação falar mais acerca do mesmo... Hã! Talvez tenha sido melhorado ainda um outro aspecto que não gostei: A dificuldade de comutação, através do botão selector principal (Ligar/desligar), para os modos de "Remote" e "Master". Mas isso, só quando estiver com um, poderei testar...!

Quanto às características e dados técnicos podem ver os mesmos, em pormenor, no artigo de teste acerca do SB-900 pois, exceptuando os dois aspectos acima referidos, tudo se mantém igual neste "novo" Nikon SB-910!

Para ver o artigo em detalhe e saber mais acerca do SB-900 (SB-910) cliquem aqui.

Kodak Retinette IB - Rodenstock Reomar 45mm f/2.8 - Pronto LK (1959-1963)




Já lá diz o velho ditado "não há duas sem três" e para fazer jus à expressão, esta semana fala-se, outra vez, de câmaras clássicas! Pois é!
E para não variar, mais uma Kodak... Desta vez, não uma "câmara caixa" mas sim uma versão mais "moderna": A Kodak Retinette IB.
Esta já começa a ter algumas parecenças com as actuais câmaras de 35mm. As Kodak Retinette eram a versão alternativa e economicamente mais acessível da série "Retina".
Os primeiros modelos das "Retinette", de meados de 1939, que poucas semelhanças tinham com esta versão, eram ainda de fole (versão "Type 160")
Contudo, dentro da gama (economicamente acessível) em que esta câmara se inseria, há coisas que mudaram para os tempos actuais... Já não se fabricam câmaras com corpo inteiramente em metal e muito menos se fazem acompanhar dum estojo em couro rígido com cantos reforçados em metal! Sem dúvida uma câmara muito robusta mas totalmente desaconselhável para levar a um jogo de futebol em dia que o árbitro estivesse mal... entre os danos provocados pelo arremesso duma destas câmaras e um tijolo a diferença seria pouca... J




O formato de película usado por esta máquina era (e é...) o actual 35mm. No entanto, embora apresente algumas semelhanças com uma SLR, esta câmara é uma compacta de objectivas não intermutáveis.
A objectiva que integra a máquina é uma Rodenstock Reomar de 45mm com uma abertura máxima de f/2.8.
Sinceramente, já não me recordo se estas câmaras proporcionavam bons resultados ou não... Cheguei a usar uma, como quase toda a gente que fotografou nos anos 60 ou 70 pois era uma câmara bastante vulgar (foram produzidas mais de 200.000), mas não fiquei com uma ideia dos resultados nem consigo, presentemente, saber quais as fotos captadas com a mesma...
Uma curiosidade: Estas câmaras, designadamente a versão IB, possuem um fotómetro que, através dum ponteiro, nos fornece a indicação da exposição correcta. A versão IA da Kodak Retinette difere precisamente da IB pela isenção deste sensor de luz (pequeno rectângulo situado no lado direito da câmara).

 Características/Especificações da Kodak Retinette IB:
Anos de produção: 1959 a 1963

Distância focal: 45mm
Abertura Max: f/2.8
Objectiva: Rodenstock Reomar
Obturador: Pronto LK (Vel. obtur. 1/15 - 1/500, B e T)
Corpo: Metal parcialmente revestido com imitação de pele
Rolo: 35mm (24x36mm)