Nikon D2x + Nikkor 50mm f/1.4 AI
(f/10, 1/180 seg., ISO 100)

Centro Hípico do Porto e Matosinhos (CHPM) - Concurso de saltos - 1,20m/1,30m - CSN-C


Nikon D2x + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm, f/2.8, 1/25 seg., ISO 320)



Nikon D300 + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm, f/2.8, 1/25 seg., ISO 250)



Nikon D2x + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm, f/2.8, 1/30 seg., ISO 320)



Nikon D2x + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm, f/2.8, 1/40 seg., ISO 400)



Nikon D2x + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm, f/2.8, 1/20 seg., ISO 400)



Nikon D2x + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 110mm, f/2.8, 1/30 seg., ISO 320)



Nikon D2x + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm, f/2.8, 1/20 seg., ISO 320)


Hoje ficamos apenas com algumas fotografias das provas 1,20m e 1,30m que se realizaram no passado fim-de-semana no Centro Hípico de Porto e Matosinhos.

 Artigos relacionados:  

f/stop ou f/number - O que são? O que significam? Alguns conceitos...






Que estória é esta dos f/stop (ou f/número)??
Qual a importância deste conceito?
Estas serão certamente perguntas a que muitos dos leitores não saberão bem ao certo responder e para as quais gostariam de ter uma resposta.... Por isso, vamos lá ver se consigo, de maneira muito básica  e simples, esclarecer alguma coisa acerca desta questão...

Bom, como todos sabemos a fotografia consiste no princípio de captar luz. Mas, esse processo implica, também, ter de controlar a quantidade de luz que chega à película ou, nos tempos mais modernos, a quantidade de luz que atinge o sensor.
Esse fenómeno é conseguido graças à conjugação de dois factores:
  •  O tempo  durante o qual o diafragma da objectiva permanece aberto e deixa entrar luz pela objectiva e a
  •  quantidade de luz  que passa pela objectiva em função do tamanho da abertura (diâmetro) permitido ou melhor seleccionado mediante a maior abertura das lâminas do diafragma da objectiva.
A quantidade de luz necessária para uma correcta exposição consegue-se com base nestes dois elementos! Caso estejamos a usar uma abertura grande (ex. f/1.4), mais quantidade de luz entrará pelo que será necessário menos tempo de exposição. Pelo contrário, usando uma abertura pequena (ex. f/16), que deixe passar pouca luz, para obter a mesma quantidade final de luz teremos quer ter uma exposição mais demorada. (como analogia, para melhor compreensão, imaginem um tanque, que pretendemos encher, em duas diferentes situações: uma com uma pequena torneira e outra com uma torneira de grande caudal. Ambas encherão o tanque, certo? Todavia a pequena terá que estar aberta durante muito mais tempo)

Além desses dois factores existe ainda um outro que influência a exposição e interage directamente com eles possibilitando variá-los de forma a obter, na mesma, uma correcta exposição de luz: O valor de sensibilidade "ISO" (tema que não vou agora abordar).

Ora bem, voltando ao primeiro (tempo de exposição)... Esse "tempo" não mais é do que o espaço temporal durante o qual se deixa passar luz até atingir a película ou sensor....
E como controlamos esse tempo?
Simples, pela velocidade seleccionada para o obturador: 1/8;    1/15;    1/30;    1/60;    1/125;    1/250;    1/500; etc..
Cada um destes valores, representados em segundos (no caso acima em fracções de segundo), corresponde (na ordem apresentada) mais ou menos, metade do tempo de exposição do imediatamente anterior.

Mas hoje é precisamente acerca do segundo factor que vamos falar "A quantidade de luz"...

A figura do topo demonstra de forma clara a variação do diâmetro da abertura duma objectiva com a correspondente permissão de entrada de luz a cada f/stop. Como curiosidade, para aqueles que eventualmente ainda não o saibam, cada valor de abertura indicado na imagem deixa entrar metade (ou o dobro) consoante seja maior ou menor o valor aí indicado. Esclarecendo, a f/1.4 teremos o dobro da luz a chegar ao sensor do que a f/2. De forma inversa, por exemplo, a f/16 teremos metade da luz a chegar ao sensor do que a f/11.
Portanto, quanto menor for o valor (nº) f/stop mais quantidade de luz passará e vice-versa. Por outras palavras, a maior abertura duma objectiva corresponderá ao seu menor número f/stop pois será, nesse número f/stop, que a objectiva deixará passar mais quantidade de luz.
Por tudo o que acima ficou dito, observando agora a imagem do topo talvez seja mais fácil de entender e reter o conceito: 

  maior número f/stop = menor quantidade de luz e vice-versa  

Este é um dos princípios de difícil entendimento para muita gente... um coisa varia na razão proporcionalmente inversa da outra... espero que a imagem consiga esclarecer e remover algumas dúvidas!  

Resta falar acerca da importância de dominar este conceito relativo aos valores das aberturas. Porquê preocuparmo-nos a seleccionar diferentes aberturas? Porque não usar somente e sempre a maior? O que muda, no resultado final quando usamos aberturas diferentes? A resposta está visível na imagem ao lado: A Profundidade de Campo! Esta será tanto maior quanto menor a abertura usada. Todavia, existe também um outro factor que influencia a profundidade de campo: a distância a que nos encontramos do objecto! Consoante nos encontramos mais perto ou mais longe do objecto (usando a mesma abertura) existem variações. Mas isso já é outro assunto... Já agora, quanto à questão da influência, ou não, da distância focal da objectiva que estamos a usar na profundidade de campo podem tirar as dúvidas aqui (abre em novo link) Além disso, "mudar" a abertura permite também alterar a velocidade de obturação. Daí que em situações de pouca luz, seleccionando uma abertura grande (p/ex. f/1.4) possamos captar fotos sem comprometer a nitidez pois contaremos com alguma mais velocidade de obturação evitando "fotos tremidas"!

Mas, eis que surge uma outra pergunta: Seleccionando um determinado tempo de exposição e uma dada abertura, por exemplo, 1/125 seg. a f/5.6, será que a quantidade de luz que atinge o sensor será a mesma caso estejamos a fotografar com uma objectiva de 50mm (como a da imagem do topo que tem um diâmetro de 52mm) ou com uma objectiva de 300mm com um diâmetro de 122mm?
A resposta é clara. Sim! A proporção de luz que consegue passar pela objectiva até atingir o filme/sensor é exactamente a mesma!
As objectivas de maior distância focal, como as teleobjectivas, são maiores em termos de comprimento o que faz com que a luz vá diminuído ao passar pelos diversos conjuntos de lentes que as compõem. Esse é o motivo porque as objectivas de grande distância focal, com aberturas grandes (f/2.8), têm uma frente de grande diâmetro.

Daí que as objectivas cujo menor f/stop corresponde a um número pequeno (ex. f/2.8 ou f/1.4) sejam designadas de "Luminosas" por deixarem passar grandes quantidades de luz. Outra designação possível: "Rápidas". Porquê? Pelo mesmo princípio. Ao deixarem entrar uma grande quantidade de luz permitem tempos de exposição menores a que correspondem velocidades de obturação mais "rápidas"!


Contudo, uma objectiva com uma distância focal de 50mm e com uma abertura máxima de f/2.8 não será propriamente muito "rápida ou luminosa" mas já uma 300 ou 400mm com os mesmo f/2.8 certamente que será!
As lentes que estas últimas objectivas possuem terão de ser maiores e isso tem duas consequências: O aumento do peso e do preço dessas objectivas!

   Em baixo: Tabela referente às várias Escalas de aberturas  

Por último, decerto que já repararam que nem todas as objectivas têm os mesmos intervalos entre aberturas. Isso está dependente do tipo de Escala usado. A do exemplo é a denominada "Full Stop". Ou seja, como já acima ficou explicado, cada "salto" de valor seleccionado corresponde a metade (ou dobro) da luz entrada. Além dessa escala existem ainda outras duas: 1/3 e 1/2 Stop.

 Ainda acerca da profundidade de campo: 

Mais algumas fotografias de aves (as últimas do ano de 2010)


Clique na imagem para ver as últimas fotografias de aves captadas em 2010.


As duas primeiras fotografias (Garça-real e Gaivota-argêntea) reportam-se a capturas efectuadas no Estuário do Douro num dia em que a temperatura era de 2º... negativos!!! Na altura, apesar de estar a usar tripé e cabo disparador a partir de determinado momento o simples "carregar no botão" tornou-se difícil pois já nem sentia os dedos...! Vai daí, "meia volta" sempre com o aquecimento do carro no máximo... até local onde tomar um café "quentinho"!
Mesmo assim, não tendo acrescentado nenhuma nova espécie ao projecto, penso que as duas fotos valeram o dia...
As restantes são de passeriformes captadas pelas "redondezas", designadamente a duas espécies muito comuns nesta altura do ano: Os pequenos Piscos-de-peito-ruivo e os "estridentes" Chamarizes.

A importância de "tapar" a entrada de luz pelo visor óptico das SLR durante a captura de fotografias


De certa forma, fotografar com tripé representa uma natural evolução e uma tentativa no sentido de melhorar os resultados das nossas fotografias. É, por isso, normal que quem “ganhe” algum gosto mais sério pela fotografia comece a fazer uso deste importante acessório. As situações que "obrigam" à sua utilização são várias e vão desde a simples necessidade de obter uma melhor estabilização do conjunto câmara/objectiva, conseguindo com isso fotos mais nítidas, até à necessidade imperiosa da sua utilização para capturas cuja exposição seja mais longa.

Tudo isso é certo mas, se por um lado o recurso ao tripé pode melhorar as nossas fotografias, há que ter alguns cuidados…

Porque me lembrei disto e que relação é que tem com o título do "post"???
Bom, o motivo é simples... Frequentemente, observo pessoas a capturar fotografias com todos os cuidados, tentando fazer "tudo certo", fazendo uso do tripé, do cabo disparador, mas… cometendo uma falha, não se dando sequer por isso, nem sabendo até que ponto ela compromete as suas fotografias! Qual o "erro"? Simplesmente o facto de se esquecerem-se de tapar o ocular da câmara!

Esse "erro" é válido para outras situações mesmo que sem recurso ao tripé! Mas é geralmente nessa condição que o vejo ser cometido mais vezes…. Com tripé, em exposições demoradas, após focar, não precisamos mais de estar a olhar pelo visor e o princípio que não devemos "tocar na câmara" leva a que, inconscientemente, desencostemos a nossa face da parte traseira da câmara a fim de evitar contacto com a mesma deixando, dessa forma, entrar luz pelo visor ocular.

Por vezes, quando presencio essa situação (com algum receio que me "levem a mal"), arrisco uma breve abordagem explicando como fazer para melhorar os resultados e o porquê pedindo, ao mesmo tempo, para fazer um simples teste a fim de comprovar o que digo captando duas fotografias sem variar outro qualquer factor - Somente uma "com", e outra "sem", o visor tapado.
Pois bem, este artigo não tem grandes dissertações sobre a questão destinando-se unicamente, de forma simples e intuitiva, a demonstrar aquilo a que me refiro (e que costumo explicar) através da visualização entre a diferença dos resultados...



As câmaras SLR captam a luz pela objectiva. Isso toda a gente sabe, não é? Agora, o que muitos desconhecem é que durante a exposição, designadamente enquanto o espelho e a cortina da câmara estão abertos de forma  a permitir a chegada de luz ao sensor/película, existe outra parte da câmara que deixa passar também alguma luz influenciando, desse modo, a exposição: O Visor óptico da câmara!

Não é à toa que câmaras de topo têm integrado um sistema de protecção contra a entrada de luz para evitar precisamente essa situação como é o caso das Nikon D2x (imagem do topo) ou das Nikon D3 e D700. Curiosamente, a Canon não possui um sistema de "fecho" integrado nas suas câmaras de topo recorrendo antes a um sistema idêntico à restante gama da Nikon.... simplesmente, encontra-se apenso à correia de ombro...

Mas, até a simples Nikon D40 tem um acessório próprio para esse efeito (que de resto é comum a muitos outros modelos de câmaras da marca): A tampa da ocular “DK-5”!

... aquele “pequeno pedaço de plástico preto” que muitas vezes deixamos ficar na caixa que transporta a câmara… Em todo o caso, em exposições pouco demoradas, tendo alguns cuidados, até acaba por ser desnecessário. A sua função é tapar a entrada de luz e isso pode ser feito colocando a palma da mão, em forma de concha (sem tocar na câmara) de forma a impedir a entrada de luz. Este princípio é válido quer para capturas diurnas, quer nocturnas.


Como facilmente se verifica pelas imagens (e pelo histograma referente a cada uma delas), a captura efectuada, sem tapar o óculo, está nitidamente sobreexposta. Neste caso, à luz ambiente lida pelo exposímetro da câmara através da objectiva - a chamada leitura TTL - "Through The Lens" (valor esse que a câmara usou para regular a exposição) foi acrescentada alguma luz "extra" entrada pelo visor óptico que este não teve em consideração.
Ou seja, a câmara regulou a exposição para uma determinada quantidade de luz (lida através da objectiva) mas não teve em conta a luz adicionada através do visor. Resultado: foto com luz a mais (sobreexposta)!
Dito isto, aqui fica demonstrado como, tendo em consideração este pormenor, podemos tornar as nossas fotografias melhores!