Uma pequena brincadeira... apenas para desejar a todos as melhores entradas no novo ano e um excelente 2012!



Desejo a todos um Bom Natal e um óptimo 2012!

Zorki - 4K (1972-1978)


"Zorki" - Uma marca de câmaras fotográficas de origem Soviética!
Curiosamente, as câmaras desta marca ficaram conhecidas, também, como as "Leica" dos pobres!
A razão de ser desta comparação reside nas semelhanças estéticas com os modelos da marca Alemã "Leica" que os Russos copiavam.
Na fábrica da KMZ (Krasnogorsky Mekhanichesky Zavod) - que também produzia as câmaras da marca "Zenit" - perto de Moscovo, produziam-se as Zorki "imitação" das Leica. Contudo, apesar de aparentarem ser extremamente robustas e esteticamente idênticas, as Zorki, não tinham nem a mesma "agradabilidade" de uso nem a resistência das originais Leica! Apesar disso, a sua construção é inteiramente metálica e mesmo com o seu reduzido tamanho pesam cerca de 700g!



Há tempos atrás, durante uma breve visita a um técnico reparador de equipamento fotográfico tive a oportunidade de constatar a relativa fragilidade destes equipamentos! Só desta marca (Zorki) havia várias câmaras a aguardar reparação (e restauro...?)! (foto no final do artigo)
A avaria mais comum, ao que julgo, evidencia-se ao nível do sistema de obturação. Diga-se, em abono da boa verdade, que também não há assim muitos mais componentes para avariar...
No entanto, devidamente restauradas, são câmaras que têm, na minha opinião, um aspecto deveras apelativo e constituem bonitas peças de colecção!






 A apresentada na imagem é uma "Zorki - 4K". Talvez, o modelo mais popular de toda a gama de câmaras desta marca!
Foram produzidas mais de 500.000 unidades deste modelo entre os anos de 1972 a 1978!
Todavia, nem todas são iguais... os modelos mais recentes "perderam" os encaixes (argolas laterais) destinados a segurar a correia.
Outra curiosidade: Os dois primeiros algarismos do número de série representam sempre, neste modelo, o ano em que a câmara foi produzida!






A variante "K" difere do originário modelo "4" apenas em dois pormenores: o carreto que é, nesta mais recente versão, fixo e o botão de avançar o filme que passou a ter uma forma mais convencional (com braço - tal como a conhecemos nas recentes câmaras de 35mm) em vez do anterior botão redondo, pouco prático e lento.










É "normal" ver câmaras, deste modelo, com as inscrições praticamente "apagadas". Quer as respeitantes à indicação das velocidades de obturação, que mesmo a da própria marca. Já de mais fácil restauro é a, também, "normal" descolagem do revestimento preto - uma espécie de tela decorada com entrançados.






Estas câmaras clássicas tem sempre um ou outro "truque" ou pormenor de funcionamento que convém saber antes de as utilizar... Pois bem, estas Zorki 4 não fogem à regra e existe um aspecto, em particular, a que devemos dar atenção: A selecção de velocidade de obturação! Como o botão destinado ao efeito roda de cada vez que carregámos no obturador, deve ser seleccionada a velocidade pretendida (entre 1-1/1000 seg. ou B) somente após avançarmos o filme e consequentemente activarmos o mecanismo para a próxima foto. Se assim não se fizer e insistir em rodar (seleccionar a velocidade) antes de "armar" o obturador corremos o risco de o partir ao rodar o botão de avanço do filme!

As objectivas que acompanhavam estas Zorki 4 obedeciam ao formato de encaixe de rosca "M 39" e tanto eram as "Jupiter 50mm f/2" (caso da representada na imagem) com as "Industar 50mm f/3.5".
Enfim, uma bonita câmara clássica de colecção!


 
Características/Especificações da Zorki 4 K:
Anos de produção: 1972 a 1978
Distância focal: 50mm
Abertura Max: f/2
Objectiva: Jupiter
Obturador: 1 - 1/1000, B e T
Corpo: Metal parcialmente revestido a tela
Rolo: 35mm (24x36mm)

Wacom Bamboo CTH 470 "Pen & Touch" (Mesa gráfica)




Falar de “Fotografia digital” é, hoje em dia, falar de “Edição digital”. Na verdade, estes dois conceitos estão tão intrinsecamente ligados que raramente os podemos desassociar.

Nesse sentido, são vários os programas informáticos que conhecemos destinados à edição das imagens captadas pelas câmaras digitais. Programas pagos como Photoshop, Lightroom, Capture Nx, Phase One, etc. ou outros, de distribuição e uso gratuito, mais elementares como o Picasa, Infraview, entre muitos outros, fazem já parte dos computadores de todos aqueles que, depois de captadas as imagens, as pretendem editar!

Bom, mas além do já mencionado computador (PC ou Mac) existem ainda equipamentos que facilitam essa "Edição Digital".
A imagem do topo serve como exemplo demonstrativo da utilidade das mesas gráficas. Toda a imagem foi facilmente recortada e mudado o fundo com a Wacom Bamboo!



As Mesa Gráficas são, precisamente, um desses casos. Existem de variadíssimas marcas, modelos e tamanhos. Experimentei em tempos uma Wacom Intuos de tamanho A3 que achei grande demais para a finalidade em causa: Edição de imagens! Para este tipo de utilização não é necessária uma área de trabalho tão grande. Aliás, quanto maior for, mais movimentos amplos teremos de fazer. Uma utilização destas mesas para fins de Desenho possibilita um traço mais livre mas, na minha opinião, para edição de imagem esse tamanho torna-se num inconveniente.

Posto isto, passamos para as chamadas mesas gráficas pequenas. Também  existem uma variedade delas... Contudo, os produtos da Wacom tem fama reconhecida neste tipo de equipamento e esta pequena Wacom Bamboo (embora eu, digo desde já, não seja muito conhecedor na matéria) penso que segue a tradição.

Existem duas versões (neste tamanho) destas mesas gráficas "Bamboo": A Wacom Bamboo CTL 470 - que só funciona através de caneta (a custar cerca de € 60,00). E a que me pareceu mais apelativa, a versão CTH 470 "Pen & Touch" (cerca de € 90,00), o que significa que tanto pode ser usada com caneta (fornecida) como somente com movimentos de "toque" de dedos tal qual como num "touchpad" dum PC-portátil! A completar a gama, temos a versão de tamanho maior, CTH 670.
Esta Wacom Bamboo CTH 470 "Pen & Touch" foi introduzida no mercado há relativamente pouco tempo e faz parte da última (terceira) geração deste modelo de mesas. Acrescenta em relação ao anterior modelo (460) algumas inovações destacando-se, além da parte estética, o aumento e precisão de sensibilidade.
Resumidamente:
Adorei o seu funcionamento através da caneta, o qual é extremamente simples e preciso e, por outro lado, fiquei menos satisfeito com o seu funcionamento por toque. O reconhecimento é impreciso e facilmente a mesa "confunde" o tipo de toque e o que se pretende fazer com outra qualquer função transformando simplicidade em confusão....isso ocorre em certas situações... nomeadamente com as simples indicações de girar/rodar ao editar imagens grandes "ampliadas" a 100%!

As possibilidades de configuração e personalização são bastantes (para a caneta) mas para a função "touch" não encontrei grandes regulações...


Bem útil é o teclado Alfanumérico, que recolhe automaticamente para um canto do ecrã e reaparece sempre que detecta algum campo de inserção de números ou letras. Desse modo dispensa-se o uso do teclado:



Pese embora este equipamento seja de fácil instalação (via cabo USB), para tirar proveito deste equipamento necessitamos mesmo de instalar o software que o acompanha e que vem no CD. Caso contrário, o sistema operativo não vai reconhecer completamente o mesmo nem todas as suas funções.
Quem quiser pode ainda adquirir um "Kit Wireless" que se conecta na parte lateral e que possibilita o seu uso sem fios.



Que mais posso dizer...
A caneta não precisa de pilha, existem algumas aplicações para descarga "on-line" exclusivas para a mesma... os quatro botões existentes na mesa são programáveis... enfim, pelo caminho, deixo alguns "screenshots" relativos ao software e funções e, acima, o vídeo promocional!
Prático e útil.
Gostei e recomendo! Quem sabe possa ser uma ideia de prenda para o Natal!

Nikon SB-910 - O "novo" Flash da Nikon

Imagem: © Nikon USA



E aí está o novo flash da Nikon: O SB-910!

Oficialmente introduzido no mercado no pretérito dia 29/11/2011, visualmente quase em nada difere do SB-900. E quanto a características técnicas o mesmo se pode dizer. Existe uma ou outra diferença no grafismo e é imperceptivelmente mais pequeno...

No fundo, não me parece que as inovações justifiquem sequer um novo nome de produto mas como ultimamente a marca tem sido parca em lançamentos de novos equipamentos...
Na realidade (a julgar pelos dados oficiais disponibilizados pela Nikon), neste "novo" Nikon SB-900, só duas alterações dignas de relevo foram efectuadas em relação ao modelo anterior.

Uma prende-se com o muito criticado problema de sobreaquecimento que, supostamente, passa a ser agora controlado de forma mais eficiente no novo modelo à custa dum tempo de recarga mais longo, bem assim, como a gestão e duração das baterias. A outra alteração é, por sua vez, uma correcção de uma dos problemas que também "critiquei" quando redigi o artigo do SB-900: Os filtros de acoplar para correcção de cor. Esses são, agora, em plástico rígido em vez de plástico tipo acetato!

E não haverá muito mais a dizer sobre este novo produto pois pressinto que, sinceramente, seria uma duplicação falar mais acerca do mesmo... Hã! Talvez tenha sido melhorado ainda um outro aspecto que não gostei: A dificuldade de comutação, através do botão selector principal (Ligar/desligar), para os modos de "Remote" e "Master". Mas isso, só quando estiver com um, poderei testar...!

Quanto às características e dados técnicos podem ver os mesmos, em pormenor, no artigo de teste acerca do SB-900 pois, exceptuando os dois aspectos acima referidos, tudo se mantém igual neste "novo" Nikon SB-910!

Para ver o artigo em detalhe e saber mais acerca do SB-900 (SB-910) cliquem aqui.

Kodak Retinette IB - Rodenstock Reomar 45mm f/2.8 - Pronto LK (1959-1963)




Já lá diz o velho ditado "não há duas sem três" e para fazer jus à expressão, esta semana fala-se, outra vez, de câmaras clássicas! Pois é!
E para não variar, mais uma Kodak... Desta vez, não uma "câmara caixa" mas sim uma versão mais "moderna": A Kodak Retinette IB.
Esta já começa a ter algumas parecenças com as actuais câmaras de 35mm. As Kodak Retinette eram a versão alternativa e economicamente mais acessível da série "Retina".
Os primeiros modelos das "Retinette", de meados de 1939, que poucas semelhanças tinham com esta versão, eram ainda de fole (versão "Type 160")
Contudo, dentro da gama (economicamente acessível) em que esta câmara se inseria, há coisas que mudaram para os tempos actuais... Já não se fabricam câmaras com corpo inteiramente em metal e muito menos se fazem acompanhar dum estojo em couro rígido com cantos reforçados em metal! Sem dúvida uma câmara muito robusta mas totalmente desaconselhável para levar a um jogo de futebol em dia que o árbitro estivesse mal... entre os danos provocados pelo arremesso duma destas câmaras e um tijolo a diferença seria pouca... J




O formato de película usado por esta máquina era (e é...) o actual 35mm. No entanto, embora apresente algumas semelhanças com uma SLR, esta câmara é uma compacta de objectivas não intermutáveis.
A objectiva que integra a máquina é uma Rodenstock Reomar de 45mm com uma abertura máxima de f/2.8.
Sinceramente, já não me recordo se estas câmaras proporcionavam bons resultados ou não... Cheguei a usar uma, como quase toda a gente que fotografou nos anos 60 ou 70 pois era uma câmara bastante vulgar (foram produzidas mais de 200.000), mas não fiquei com uma ideia dos resultados nem consigo, presentemente, saber quais as fotos captadas com a mesma...
Uma curiosidade: Estas câmaras, designadamente a versão IB, possuem um fotómetro que, através dum ponteiro, nos fornece a indicação da exposição correcta. A versão IA da Kodak Retinette difere precisamente da IB pela isenção deste sensor de luz (pequeno rectângulo situado no lado direito da câmara).

 Características/Especificações da Kodak Retinette IB:
Anos de produção: 1959 a 1963

Distância focal: 45mm
Abertura Max: f/2.8
Objectiva: Rodenstock Reomar
Obturador: Pronto LK (Vel. obtur. 1/15 - 1/500, B e T)
Corpo: Metal parcialmente revestido com imitação de pele
Rolo: 35mm (24x36mm)

Kodak Six-20 Popular Brownie (1939-1943)





O tempo e principalmente a disposição para escrever artigos técnicos não tem sido muita e por isso entretive-me, nestes últimos dias chuvosos, a testar uma nova iluminação de estúdio fotografando mais uma "relíquia do passado"...

Por isso, desculpem-me os mais ávidos por informação, mas esta semana repete-se a dose: Mais uma câmara clássica de colecção! A "Kodak Six-20 Popular Brownie". Uma pequena "caixa" que utiliza "Rolos 620". O seu estado de conservação não prima por ser o melhor mas, mesmo assim, continua a ser uma câmara encantadora!

Excluindo as câmaras "Pinhole", não conheço meio mais básico de fotografar que isto! Para fotografar com esta câmara utilizam-se somente dois selectores: Um que comuta entre o modo de fotografia instantânea (posição I), com uma única velocidade de obturação (ao que julgo, cerca de 1/40 ou 1/50 seg....), e o modo "Bulb" (posição T). O outro selector, situado na parte mais inferior, é o "botão de disparo". Tanto funciona no sentido ascendente como descendente. Simples!
Além disso nada mais é preciso fazer! Não possui qualquer regulação de abertura (entrada de luz); não existe qualquer modo de efectuar focagem... tudo o que se encontre a mais de dois metros até ao infinito ficará focado através da objectiva tipo "meniscus"!
Depois, existe o botão de rodar o filme e dois pequenos visores auxiliares para enquadramento da cena.

Enfim, uma câmara extremamente simples, económica e tecnicamente acessível a todos. Este era precisamente o objectivo deste tipo de câmaras! A "caixa é uma composta por uma mescla de materiais: Madeira, cartão, metal e uma espécie de imitação de pele texturada. Os acabamentos, nomeadamente os menos visíveis, no interior da câmara, quase fazem lembrar uma "invenção feita em casa".

(Clicar nas imagens p/aumentar)

















Ao lado:
Três diferentes tipos de rolo (todos de médio-formato) vulgarmente utilizados pelas câmaras do início do século passado até meados dos anos 50.
O tamanho "120" continuou a ser usado até bem mais tarde... Embora não seja já tão "vulgar", ainda hoje em dia é comercializado e podem comprar-se rolos destes em alguns estabelecimentos aqui ou acolá... como por exemplo, na Fnac...









 Caraterísticas/Especificações:
Anos de produção: 1939 a 1943
Focagem: Fixa
Abertura: Fixa
Objectiva: Tipo "Meniscus" à frente do obturador
Obturador: Disco rotativo, 1/40~1/50 sec. e T
Caixa: Metal revestido a pele
Dimensões (LxAxP): 8 x 10,5 x 11cm aprox.
Rolo: 620

Kodak No.2A Brownie - Model C (1924-1933)





Será uma mala? Será uma vulgar caixa?

Não. É mesmo uma câmara fotográfica! Pode parecer, à primeira vista, tratar-se de um dos primeiros modelos de câmaras fotográficas, devido à sua parecença com uma câmara Pinhole mas, na realidade, até é um modelo não muito antigo.

Este tipo de câmaras, denominadas de "Box" (caixa) foram, talvez, o ponto de partida para tornar a fotografia mais económica e acessível a todos. Eram câmaras baratas, de construção básica e muito simples de usar.

Dotadas duma objectiva constituída por uma só lente, do tipo "Meniscus" (côncava dum lado e convexa do outro), estas pequenas caixas fazem-me lembrar as mais recentes câmaras descartáveis de 35mm...

A sua introdução no mercado remonta a 1907 e este modelo em concreto (Modelo C) foi produzido entre os anos de 1924 a 1933. Produziram-se mais de 2 milhões de unidades deste modelo!

Bom, mas melhor que descrever a câmara é mesmo ver as imagens que, por si só, dizem e explicam mais que qualquer texto! Em particular, chamo atenção, para a foto nº 4 onde se encontra visível o fantástico sistema de obturação! A sua simplicidade é extrema! Contudo é eficaz e duradouro.

Cá ficam, então:
(Cliquem p/aumentar)







Carateristicas/Especificações: 
Anos de produção: 1907 a 1936
Focagem: Fixa
Abertura: 3 aberturas possíveis (f/5.6? a f/16?)
Objectiva: Tipo "Meniscus" por detrás do obturador
Obturador: Disco rotativo, 1/50 sec. e T
Caixa: Metal revestido a pele
Dimensões (LxAxP): 8,5 x 12,5 x 15cm aprox.
Rolo: 116

Lampadas fluorescentes compactas E27 de 4000K




Não, não estou a fazer publicidade!
Ou melhor, até estou... :) mas a ideia é tão somente dar a conhecer (a eventuais interessados) a marca e o modelo destas lâmpadas que acho serem um produto interessante, em termos de resultados e relação preço/qualidade, para utilização em fotografia de estúdio.
Não é todos os dias que se encontram à venda, em espaços comerciais genéricos, lâmpadas conciliáveis com a iluminação propícia para fotografia.
Como é sabido, a maioria das lâmpadas à venda tem uma temperatura de cor que varia entre cerca de 2400 a 2800K. Ou seja, produzem uma tonalidade de cor quente (tons amarelados). Essa coloração, sem que seja efectuado um correcto ajuste de equilíbrio de brancos nas câmaras, não permite uma reprodução fiel e equilibrada de cores. Toda a imagem fica "amarelada" com principal incidência naquilo que deveria ser branco. (acerca da temperatura de cor e como a corrigir podem ver aqui)
As lâmpadas que encontrei, são lâmpadas fluorescentes compactas e pese embora não serem específicas para fotografia de estúdio, conseguem "dar conta do recado". A temperatura de cor de 4000K não consegue reproduzir o branco total mas não anda muito longe.




Enquanto pesquisava, numa superfície comercial, as especificações contidas no exterior das embalagens, sem contar, descobri estas lâmpadas economizadoras, com casquilho E27 de 21W de potência (equivalentes a 100W duma lâmpada convencional). Decidi comprar uma (cerca de 8 euros), traze-la para casa e experimentar.
Coloquei-a numa Softbox de 50x70cm e na verdade fiquei bastante satisfeito com os resultados. Os 4000K produzem realmente uma luz branca. Não totalmente equivalente à luz de flash mas, mesmo com a câmara regulada para "Equilíbrio de brancos Automático", os resultados são bons.
Em cima encontra-se a comparação de resultados obtidos com diferentes tipos de lâmpadas com a câmara regulada para Auto WB.
Em "1" foram usados dois projectores com lâmpadas economizadoras, de 20W cada, com uma temperatura de cor de 2800K. Como facilmente se alcança, sem nenhuma correcção de cor (WB), os brancos (e tudo o resto...) são transmitidos com uma temperatura de cor muito quente (amarelada).
Em "2" foram usados os dois projectores, anteriormente mencionados, mas foi acrescentada uma Softbox, directamente por cima do objecto, munida com uma das tais lâmpadas de 21W de 4000K. A temperatura de cor "arrefeceu" qualquer coisa mas ainda ficou bastante influenciada pela tonalidade quente emanada pelos dois projectores.
Por último, em "3" (cujo resultado final, sem qualquer edição, fica ilustrado pela foto do topo) foi usada unicamente a Softbox por cima do objecto com uma lâmpada de 21w de 4000K.
As diferenças são enormes! Embora os brancos não sejam representados completamente naquela cor não andam lá muito longe conforme se pode verificar na imagem em baixo.


 Em suma: 
Uma maneira económica e acima de tudo eficaz de conseguir uma correcta iluminação contínua sem necessidade de posterior recurso a grandes correcções!
Já agora, como último apontamento, verifiquei que existem já outras marcas, como por exemplo a Phillips, que comercializam também este tipo de lâmpadas fluorescentes compactas sob diversas formas e potências. Inclusive, esta última marca fabrica um determinado tipo destas lâmpadas com uma temperatura de cor de 6500K... mas se calhar também é demais para o efeito... pois os 4000ºK parecem-me bem!

Fotografia de Concursos Hípicos | Exemplos com utilização de Texturas por sobreposição em camadas


Nikon D300 + Nikkor 80-400mm VR
@ 92mm, f/5, 1/1000 seg., ISO 160




Nikon D300 + Nikkor 80-200mm f/2.8
@ 145mm, f/2.8 (+ 0,3Ev), 1/125 seg., ISO 3200




Nikon D300 + Nikkor 80-400mm VR
@ 220mm, f/7.1  (+ 0,3Ev), 1/320 seg., ISO 125


Existem variadíssimas maneiras de apresentar ou melhor, editar, as fotografias. Actualmente, fazendo uso de meios digitais, o limite é a nossa imaginação. Na verdade, cada vez mais os nossos olhos se habituam a ver fotografias "tratadas digitalmente" em pós-produção. 
Esta é uma questão que divide muitos dos amantes da fotografia. Para alguns, as fotografias devem ser aquilo que unicamente captamos com a câmara. Para outros a fotografia começa a ser somente um "trabalho de laboratório" onde tudo conta mais que a própria captura original...

Enfim, cada um interpreta este assunto à sua maneira. Pessoalmente, entendo que, contrariamente à "fotografia analógica", os ficheiros saídos de qualquer câmara digital necessitam e beneficiam com algumas correcções posteriores. Esse tipo de edição não me repugna rigorosamente nada pois também na dita "era analógica", com a fotografia em película, se faziam estas correcções em laboratório.
Em termos grosseiros, substituímos o laboratório pelo computador de nossa casa...

Exemplos - Originais/Texturadas (Clique p/aumentar)
Bom, um dos temas que amiúde fotografo são os cavalos e os concursos de saltos hípicos. Regra geral, pouca edição faço às fotos além de pequenas correcções de níveis. Neste espaço já publiquei, por diversas vezes, fotos de concursos de saltos hípicos mas, por vezes, é preciso também variar. Por isso, as fotos de hoje são um exemplo daquilo que podemos fazer em pós-produção para as tornar mais apelativas. Em todas foi usada a "técnica de sobreposição com textura por camadas".
O processo em si é relativamente simples mas devido às inúmeras e indispensáveis fases necessárias para o finalizar não o vou aqui explicar.
Ao lado podem ver as diferenças entre os ficheiros originais (sem qualquer alteração) e o resultado final que se obtém com o uso desta técnica. 
As imagens são um tanto ao quanto "artificiais" mas, quanto a mim, são comparativamente bastante apelativas e conseguem prender-nos a atenção.
Esta é uma das técnicas frequentemente usadas por editores/fotógrafos de "Fine Art" e em função do fundo (textura) usada (e duma série doutros factores) permite alcançar resultados de grande sentido estético. Não estou a dizer que eu os consiga... Longe disso! Até porque não domino minimamente esta técnica de edição... mas os exemplos servem para dar uma ideia do que estou a dizer.
Para uma melhor comparação com o "tradicional" tipo de fotografia usado nestes eventos podem ver exemplos somente com pequenas correcções de níveis aqui; com efeito de Panning durante a captura  aqui e aqui; e com conversão para sépia aqui ou aqui.

Tal como acontece com o “HDR” esta técnica tem a dicotomia de tanto possibilitar imagens de elevado sentido estético como… grosseiras. Ou seja, o seu emprego deve ser "doseado”!
Basicamente, precisamos da fotografia que queremos editar, dum computador com um programa de edição de fotografias e ainda duma segunda fotografia que não mais é do que uma textura que servirá de fundo. De seguida combinam-se as duas fotos em camadas e deixamos transparecer acentuando aquilo que queremos que fique visível. Claro está que, quer o fundo, quer a nossa fotografia original não dispensam, além disto, os "normais" acertos e correcções de níveis, tons, saturação etc...
Enfim… algo diferente. Para variar!

Kodak - No. 2A Folding Autographic Brownie (1915-1926)



Novamente... recordar o passado!
Desta vez, (re)descobrindo algumas curiosas caracteristicas desta "Kodak - No. 2 Folding Autographic Brownie".
Digo, desde já, que esta passa a ser, agora, a câmara mais antiga que alguma vez mencionei neste espaço!

Produzida em vários países (Canadá, USA, UK), este modelo de câmara foi lançado em 1915 e, com algumas pequenas alterações, manteve-se em produção até 1926. Uma dessas alterações foi a mudança, a partir de 1917, de "cantos quadrados" para "cantos redondos" e a forma do fecho (que serve de pé), de "S" para "C", em meados de 1919.
Um outro importante elemento que foi sendo alterado ao longo dos anos de produção (e variando consoante o país onde a câmara era produzida), era o tipo ou modelo de obturador usado.
Em concreto, a câmara que consta das fotos, atendendo a que é um modelo com obturador "Kodak Ball Bearing Shutter" é por isso, ao que julgo, um exemplo das últimas gerações. Datado, portanto, entre 1924 e 1926.
Estas câmaras, apesar da sua antiguidade (quase 100 anos...), são ainda muito "vulgares" e por isso de pouca cotação para coleccionadores. Em contrapartida, o seu preço ou valor é relativamente baixo. Tal facto deve-se à grande quantidade de câmaras deste modelo que foram vendidas. Mais de meio milhão!

Tal como a "Kodak No.1 Pocket, Series II" que há dias mencionei, esta Kodak No.2 Folding Brownie usava um peculiar  e tradiconal (na época) rolo "A 116". Em comum com a mesma tem a particularidade de ser, também, uma câmara denominada "Autographic".
Tal como há dias expliquei, significa isso que permitia registar apontamentos directamente na pelicula através da pequena abertura rectangular que posssui na traseira. Nas imagens abaixo (mais concretamente na nº 9) podem visualizar como era (é) essa abertura. A caneta própria para registar esses apontamentos, apesar das semelhanças que possa ter com as actuais canetas de equipamentos com "Touch screen", como PDA´s, Ipod's, etc., é uma pequena "obra de arte" totalmente metálica!

Como podem reparar, apesar de contemplar todos os requisitos básicos para a captura de luz (fotografia) tudo era extremamente básico. Por exemplo, as letras "1, 2, 3 e 4" que se vêem na parte inferior da frente da câmara não mais são do que as aberturas de diafragma! Não tendo a certeza dos valores, penso que correpondiam a f/11, f/16, f/22 e f/32, respectivamente.
Já o obturador permitia a escolher um imenso número de velocidades de obturação... 3 no total !
Na verdade, a escolha limitava-se apenas (além do modo "Bulb") a velocidades de obturação de 1/25 seg., 1/50 seg. ou 1/100 seg (esta última destinada a captar motivos em movimento...)! Portanto dá para imaginar o motivo pelo qual, praticamente, só se fotografavam objectos e cenas estáticas com estas câmaras....

Outra curiosidade: A objectiva! Foram fabricados dois tipos de modelos destas Kodak. Por serem de caracteristicas visivelmente diferentes foram designados de "SINGLE LENS" e "DOUBLE LENS". Qual a diferença? Observem a imagem nº 5 (em baixo). Não parece faltar algo? Pois é. Não existe nenhuma lente à vista! Este é um dos exemplos de câmara "SINGLE LENS". A única lente da câmara está situada na parte interior da mesma (imagem nº 10). A diferença entre os dois tipos traduz-se numa maior rapidez (maior entrada de luz) nos modelos "Single Lens".


Hã! Já quase me esquecia de falar na focagem! Como se fazia? Nada mais simples... extendia-se ou encurtava-se a distãncia do fole e bloqueva-se na posição pretendida (ver imagem acima) e... voilá! Depois era uma questão de ter um bom sentido métrico de modo a conseguir que o objecto a fotografar ficasse dentro da distância hiperfocal conseguida em relação à abertura selecionada!








 Carateristicas/Especificações da Kodak No.2A Folding Autographic Brownie: 
Anos de produção: 1915 a 1926
Distância focal: 122mm
Abertura Max: f/6.3; f/7.9 ou f/8 (dependendo da versão)
Objectivas (dependendo do ano de construção e versão): Achromatic, Rapid Rectilinear, Kodar 122mm f/7.9 ou Anastigmat f/6.3
Obturador:  Kodak Ball Beraring (ou Kodex), 1/25 seg., 1/50 sec., 1/100 seg., T & B
Distâncias de focagem: 8, 25 e 100 pés 
Rolo: 116