Nikon SB-900






Introdução:
Ando há semanas às voltas com este artigo sobre o Nikon SB-900...
Quais são as características importantes num flash? O que é que faz com que o modelo "A" seja melhor que o "B"? 
Acerca dos flash's electrónicos não há muito a dizer. Acima de tudo precisamos que tenham potência e alcance luminoso, que essa potência seja bem dirigida e controlada e que permitam, através das suas regulações (directas ou via câmara) obter alguns efeitos criativos. 
Estes são, essencialmente, os factores determinantes na escolha e que distinguem um bom, dum menos bom, flash. Desde que realmente precisemos e saibamos tirar partido dessas características!   
O Nikon SB-900 está dotado daquilo que de melhor se faz actualmente nesta área. É potente, a intensidade dos clarões, face à medição TTL, particularmente a função de enchimento equilibrado, é correcta, é prático de usar e no que respeita a efeitos de criatividade e de controle preciso de cor e exposição é completíssimo. Quando usado como "flash de enchimento" este SB-900 é verdadeiramente fantástico! Embora não seja o tipo de fotografia que mais faço, reconheço que este pequeno acessório será um "must have" para fotógrafos de eventos como casamentos, comunhões, etc,... 
Depois, em termos de regulações não falta por onde escolher! Os modos de programa disponíveis são vários: TTL-BL; TTL; GN; A (funciona com Auto-abertura); RPT e Manual.
Ou seja, provavelmente, não vamos esgotar ou sequer tirar partido de muito daquilo que permite!
Uma das características peculiares deste Flash é que reconhece e muda, automaticamente, a intensidade e ângulos do clarão para os modos FX ou DX em função da câmara usada!
Outra curiosidade: a actualização do firmware deste equipamento faz-se através de "descarga" pela câmara de informação previamente gravada (por exemplo via internet) para o cartão de memória da mesma.


O problema com a utilização deste flash SB-900 reside não nas suas capacidades ou potencialidades mas sim na sua utilização prática! Ou seja, no fundo temos um Ferrari nas mãos mas dificilmente vamos conseguir correr com ele nos limites.... (a analogia pode não ser a mais própria e pode inclusive ofender algum dono duma destas viaturas... só pelo facto de nunca ter ouvido falar de sobreaquecimento no caso dos Ferrari's...)
Mas já que falamos disso... Um dos aspectos mais discutidos e que preocupam os eventuais compradores deste equipamento é o "conhecido" problema de sobeaquecimento... Bom, um dos motivos que fez com que demorasse a escrever este artigo tem, de certo modo, alguma relação com isso. Quis ter mais tempo para testar sob várias condições este SB-900. O que é facto, é que temo que se não escrever agora este artigo posso não vir a escreve-lo nunca... Por outras palavras, até ao momento ainda não deparei nenhuma vez com esse "defeito"!
Por várias vezes, propositadamente, tentei fazer 15/20 disparos consecutivos à potência máxima do flash a ISO 100 (f/5.6) e nada! Excluindo o facto de que quando fazemos uso do flash na sua potência máxima o tempo de reciclagem entre disparos é um pouco maior até atingir o ponto de carga para o próximo clarão, nada se passa... sempre tudo certinho! Sinceramente também não percebi... muita gente "queixa-se" deste problema...
Será que comprei um "Edição especial"?? Não, não me parece! O que acontece é que usei (e uso) sempre pilhas recarregáveis de grande miliamperagem e SEMPRE em boas condições de carga!
Penso ser este um dos segredos! Ou seja, o problema do sobreaquecimento não está tanto assim relacionado com anomalia intrínseca ao flash mas sim à incapacidade das pilhas face ao "esforço" a que são sujeitas pelo mesmo. Noutros flashs não subsiste este fenómeno porque os tempos de reciclagem são maiores não exigindo, por isso, uma disponibilidade tão rápida de energia o que faz sobreaquecer... as pilhas!
Para poder entender e determinar com mais rigor este fenómeno, fiz uns testes comparativos entre o tempo de reciclagem, usando semelhantes potências e parâmetros, entre o SB-26 (o melhor e mais rápido flash... do seu tempo) e o SB-900 e as diferenças são, pura e simplesmente,... abismais! Daí que dê para compreender melhor o porquê deste esforço exigido à fonte de energia!
Mas chega de conversa. Vamos a umas imagens!


O que vem na caixa:





Imagens adicionais:

(Com porta filtros e com difusor)




As diferenças de tamanho em relação ao já "generoso" Nikon SB-26....








Modo remoto:

  • Nikon CLS (Creative Lightning System)

Este é um sistema que permite comandar remotamente sem fios, de maneira precisa e em modo i-TTL, através da câmara, até 3 grupos de unidades de flash de forma independente. Para cada um dos flash´s (ou grupo) pode ainda ser, por sua vez, regulado o nível do clarão através duma compensação de exposição independente.

Quando usado o flash integrado de câmaras, que permitam comandar remotamente flash´s externos através deste tipo de iluminação (CLS), não existe maneira de eliminar totalmente o efeito do clarão emitido pelo mesmo. Existe sim a possibilidade de reduzir a potência somente ao necessário a activar os outros externos. A regulação será "- -" para o flash interno da câmara que "comandará" os outros (tal como exemplo ao lado).
Embora câmaras como a Nikon D3000 e D5000 possam utilizar este sistema de iluminação avançada sem fios da Nikon têm de faze-lo recorrendo a um flash de comando externo. Isto é: o flash integrado na câmara (pop-up) não controla este sistema. Por outro lado, câmaras como a Nikon D90; D300/s e D700 conseguem-no.


  • SU-4
Este é um modo tradicional e também possível de utilizar para disparar remotamente este SB-900 como flash escravo. Igualmente sem cabos mas, neste caso, disparando por simpatia pelo clarão emitido por outro qualquer flash... independentemente da sua marca ou modelo. O próprio flash integrado em qualquer câmara o pode, de igual modo, activar. O sistema funciona através duma pequena célula (na frente do aparelho) que capta o clarão doutro flash.
Os modos disponíveis de funcionamento, são dois: O Automático e o Manual. Ambos permitem regular a distância focal usada (ângulo de clarão) e Formato FX ou DX. O modo Manual, por sua vez, permite ainda a regulação por facções de potência (até aos 1/128).

Painel:



O painel do SB-900 é luminoso e à excepção do botão de ligar/desligar tudo é funcional.
O selector central (de rodar) com o botão de confirmação "OK" no centro é extremamente simples, rápido e prático de usar! E ainda bem que ele existe... Os menus de configurações personalizadas são tantos que se não fosse este prático selector demoraria uma imensidão a encontrar e escolher as regulações! Depois, cada um dos pequenos botões permite, também de maneira directa e simples, alterar uma determinada função, tais como compensação de nível de clarão, modo de flash, abertura, zoom (distância focal usada), etc..
Sinceramente só não percebi ainda muito bem o porquê do grafismo neste painel relativo ao modo directo/reflectido... será para os mais distraídos, que em vez de olharem para o flash em si mesmo olham só para o painel...?





O que menos gostei:
  • Impossibilidade de regulação no flash e, de igual modo, ausência de informação no display do mesmo, relativa aos modos: Sincronização cortina traseira, redução de olhos vermelhos, etc.. A regulação, desses modos, tem de ser efectuada utilizando os botões selectores da câmara para o modo flash e confirmada essa informação somente no display desta última!
  • O sistema de filtros coloridos (de encaixe no interior do porta filtros) não é de todo prático... Solução bem melhor foi arranjada para o novo SB-700 (um SB-900 em tamanho pequeno - lançado há cerca de um mês) em que deixam de existir os frágeis e muito pouco práticos filtros de cor em material plástico (tipo acetato) passando a existir, para acerto do equilíbrio de cor, rígidas peças de plástico colorido (tipo do porta filtros deste SB 900). Na realidade, a montagem destas "folhas de plástico" é demorada, tem de ser feita encaixando correctamente as mesmas (caso contrário o flash não conseguirá reconhecer que estes filtros estão acoplados) e, após algumas utilizações estão que nem papel de rebuçado! 
  • Por último, pode ser um preciosismo (ou defeito meu) mas não acho o botão de Ligar/desligar muito prático de activar. Principalmente para passar para o modo "Remote" e "Master" em que obriga a que simultaneamente se carregue no botão central enquanto se roda o selector principal.

Aspectos positivos:
  • A iluminação do painel do flash e do visor da câmara acende de modo automático e simultâneo, nos dois, independentemente qual deles manusearmos.
  • O sistema de fecho na sapata: rápido, prático e fiável!
  • A medição de luz, via SB-900, pode ser feita por qualquer ponto de focagem permitido pela câmara (podendo, inclusive, ser feita em vários pontos simultaneamente caso se use a focagem dinâmica) algo verdadeiramente "revolucionário" face a outros flash's que só conseguem fazer a medição num único ponto de focagem: a zona central.
  • A existência duma pequena luz vermelha na parte frontal do flash (à semelhança da existente na parte traseira) que nos serve de indicação e aviso de "pronto para disparar". Útil quando pretendemos usar este SB 900 como flash externo no modo "Remote"
  • A cabeça do flash roda 180º na posição horizontal os dois sentidos (esquerda/direita)

Em utilização:
Em baixo ficam algumas imagens  de exemplo, meramente demonstrativas, dos vários tipos de iluminação possíveis com este Nikon SB-900.
(para que possam ser observadas as diferenças entre a iluminação de cada modo, foram mantidos iguais parâmetros como o tipo de medição-Matricial e o equilíbrio de brancos-Auto em todas as fotografias) *

 Exemplos em interiores:














 Exemplos em exteriores:



* RECTIFICAÇÃO: Quanto à velocidade de obturação indicada nas fotos, onde se lê 60 seg. deve ler-se, obviamente, 1/60 seg. e não como, por mero lapso, se escreveu!


Em suma:
Simplesmente... BRILHANTE!

"Matando saudades" da Nikkor 300mm f/2.8!

Nikon D300 + Nikkor 300mm f/2.8
(f/2.8, 1/160 seg., ISO 100)


Nikon D300 + Nikkor 300mm f/2.8
(f/2.8, 1/125 seg., ISO 100)


Já há uns bons tempos que não fazia qualquer uso da Nikkor 300mm 2.8. Esta é uma daquelas objectivas que somente utilizo para fins específicos. Regra geral para fotografar aves em conjunto com um Teleconversor (TC 200 ou TC 300) e sempre com tripé.
Mas, há dias lembrei-me de a levar comigo à "tradicional" deslocação que faço semanalmente aos cavalos! Levei somente a objectiva e uma D300. As fotografias captadas com a 300mm f/2.8 são muito peculiares aliando o pormenor ao isolamento do restante cenário.
As fotografias acima foram captadas sem recurso a qualquer tripé ou monopé. Fotografar, nessas condições, com este tipo de objectivas constitui sempre um desafio. A principal dificuldade em fotografar com este tipo de objectivas deve-se ao seu peso e tamanho. O conjunto (câmara + objectiva) pesa cerca de 3,5 Kg! Além disso, no caso de estarmos a fotografar verticalmente a dificuldade de segurar a objectiva enquanto se foca (manualmente, claro está) é acrescida! (Em contrapartida testamos a nossa condição a nível muscular e substituímos uma idas ao ginásio... a fazer halteres!)
Quando utilizo este tipo de equipamento há sempre alguns pequenos "truques" que, com o tempo, fui aprendendo... o primeiro é, desde logo, uma mera questão se sensatez: Só "pegar" na câmara/objectiva quando vamos realmente fazer capturas. Depois, quando pretendemos fotografar devemos faze-lo o mais rapidamente possível, sustendo a respiração e segurando no conjunto durante somente breves segundos (até porque senão cairíamos para o lado...eheheh). Quanto mais tempo mantivermos o conjunto na posição de captar fotos mais se vai fazer sentir o peso e maior será a probabilidade de obtermos fotos "tremidas". Apoiar, sempre que possível, a objectiva sobre o joelho ou encostando o nosso corpo de maneira confortável a uma parede ou outro qualquer suporte são, também, uma ajuda preciosa para ganhar alguma estabilidade...
Claro que, depois disso tudo, há que ter em conta que nunca devemos regular a exposição de maneira a obtermos valores de obturação inferiores ao princípio de reciprocidade Valor de obturação = distância focal usada (no caso das fotos de hoje, não segui esse princípio pois com uma 300mm deveriam ser usadas velocidades de 1/300 seg. ou mais rápidas... mas tudo é uma questão também de mão...)
Mas, apesar de todos estes "senão", com alguma técnica, nada substitui a abertura de f/2.8. E com algum treino e paciência conseguem-se produzir excelentes resultados em termos de recorte de imagem!
As fotografias não tem qualquer "crop" nem alteração de enquadramento ou remoção de elementos. Somente foram redimensionadas para a Web após efectuada uma ligeira correcção de níveis (a primeira, além disso, foi convertida para sépia o que permitiu realçar a expressão cândida do animal).

Colaboração com o Jornal "Take-Off"




Recebi há dias a edição deste mês do jornal "Take-Off".
O "Take-Off" é um jornal temático de informação aeronáutica que conta já quase com 12 anos de existência.
Contudo, esta edição (nº 136 - Ano 12) é, para mim, de certa forma especial...
A razão de falar no assunto e da divulgação desta edição em concreto prende-se com o facto da publicação deste mês (Outubro de 2010) contar com várias fotos que me foram solicitadas.
Tudo começou, há umas semanas atrás, com um contacto da redacção da publicação em causa a pedir-me colaboração no sentido de facultar duas ou três fotografias de planadores que precisavam para  ilustrar um artigo (algo polémico) sobre o Aeródromo de Mogadouro que só vim a conhecer após a publicação... mas aqui fala-se de fotografia e é esse o tema que interessa e a que nos devemos cingir... Em todo o caso quem quiser saber mais detalhes poderá comprar esta edição do jornal...
Acontece que tinha precisamente algumas fotografias de planadores captadas no Aeródromo de Mogadouro que, de resto, é precisamente o tema central de todo o artigo, que interessaram à redacção.
Pois bem, então cá ficam elas... na capa do jornal e nas páginas centrais.


Adivinha (parte II)


















Bom, a semana passada deixei aqui uma adivinha...
O propósito era ver se alguém conseguia  descobrir a resposta às seguintes perguntas:
- Que fotografia é esta?
- Onde foi tirada?
- Como foi feito?

Pois bem! Despertou a curiosidade?
Então cá ficam, de maneira directa as respostas:
- É uma fotografia à imagem transmitida por um televisor HD de LED's de 40" .
- A segunda resposta, depois de saber a primeira, é óbvia... na minha sala.
- Em Photoshop...



Agora, a estória que está por detrás desta fotografia...
Certa noite estava eu a preparar o equipamento que iria levar e usar no dia seguinte, logo pela manhã, a fim de fotografar um concurso Hípico.
A determinada altura, quando verificava o estado da bateria inserida no interior do punho da câmara reparei de tinha somente 3% de carga. Vai daí, além de aproveitar, antes de trocar essa bateria por uma carregada, para acertar as regulações que sabia que iria precisar no dia seguinte (valores ISO, formato de gravação, etc.), decidi ver quanto tempo demorava a "acabar" com a carga restante (que, entretanto ia já somente nos 2%...).
Portanto, que maneira existe para acabar rapidamente com a carga restante duma bateria? Visualizar fotografias através do LCD da câmara (coisa que não podia fazer pois o cartão de memória estava vazio) ou captar fotos... A quê? Ao que estava mais à "mão"!  A Tv!
Acontece que, certo canal HD, estava a transmitir um documentário sobre vida selvagem. O tema? Búfalos! As cores eram interessantes e lembrei-me que podia aproveitar para fazer esta pequena brincadeira.
Seleccionei um valor de sensibilidade ISO baixo (100) e simultaneamente escolhi uma abertura de diafragma que se adequasse ao tempo de exposição que queria. Depois, foi só captar uma foto num momento em que a imagem me agradasse! Não foi sequer preciso tripé pois a ideia era precisamente captar uma imagem meio indefinida e com algum arrastamento que, em posterior edição, iria tentar assemelhar a uma pintura numa tela a óleo.
Aqui ficam os dados Exif:
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
Distância focal: 70mm
Abertura: f/5.6
Tempo de exposição: 1/2 seg.
Medição de luz: Matricial

Edição:
Em Photoshop a edição limitou-se apenas ao redimensionamento da imagem, moldura, e "Unsharp" (várias vezes, com valor de "Amount" 53% e "Radius" 0,9 pixeis.
...é mais uma ideia... para quem quiser acabar com a carga restante nas baterias!

Adivinha!



Garanto-vos que é uma fotografia!
Esta semana decidi fazer uma pequena brincadeira com os leitores...
Vamos lá a dar palpites! Um rebuçado para quem adivinhar que fotografia é esta, onde foi tirada e como foi feito!

(Mais tarde explico a estória...)

Ps: Por falar em leitores (são vocês que dão razão de ser a este blogue) foi colocada na barra lateral uma pequena sondagem, que estará disponível durante cerca de 1 mês, com o intuito de descobrir quais os temas preferidos.
Basta clicar na sua escolha(s) e votar!
Obrigado.