Mogadouro: Festival Aéreo "Red Burros" - Contagem decrescente!


Pista do Aérodromo Municipal de Mogadouro (N 41º 23.40"  W 006º 41.04")
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8 + BW-CPL
(@ 24mm; f/7.1; 1/160 seg.; ISO 100; -0,33 Ev)


Pois é!
Realiza-se no próximo Sábado (31/07/2010), pela primeira vez, um festival aéreo em Mogadouro!
Pelo menos, para os leitores que se encontrem sem nada que fazer num dia de calor porque não dar "um saltinho" a Mogadouro e desfrutar da possibilidade de ver algumas máquinas voadoras a fazer acrobacias...
A foto serve para ficarem com uma ideia do espaço onde se vai desenrolar o evento.
Mais pormenores podem ser vistos aqui (abre em novo link)

Sigma 70-300mm f/4-5.6 DG MACRO










Provavelmente este será um dos artigos de opinião mais pequenos que já escrevi.... Bom, o motivo é que tive somente durante breves momentos esta objectiva nas mãos... Ou melhor, esta até já é a segunda que experimento... mas por pouco tempo.

Na realidade, esta objectiva pertence a um amigo que a adquiriu com vista a usar numa Nikon D200. A primeira que recebeu e que eu experimentei avariou-se-me nas mãos. Tinha a objectiva dois ou três dias....! Dum momento para o outro, pura e simplesmente, o sistema de Auto-focagem (motorização interna) da objectiva "pifou" e deixou de funcionar...! O começo não prometia, mas eis que chegou a segunda Sigma 70-300mm DG Macro e, novamente lá se fizeram uns testes, desta vez , no jardim cá de casa...

Manuseamento:

Esta objectiva é uma das tele até 300mm mais pequena e mais leves que já vi. Aliás o diâmetro frontal (58mm) e o peso são indicadores do seu tamanho. Se por um lado isso poderá ser considerado um aspecto positivo, por outro, complica as coisas quando a pretendemos usar sem tripé acima dos 200mm. O motivo é que, quanto a mim, as objectivas mais pesadas, de certa forma ajudam, quando acopladas nas câmaras, a manter o equilíbrio e a estabilizar o conjunto. E, esta é uma objectiva não dotada de qualquer sistema electrónico de estabilização...
O sistema de focagem (através de motor interno na objectiva) não sendo ultra-rápido é bem mais rápido que o tradicional sistema de focagem através de motor interno da câmara. Quando não avaria... :)


Construção:

Frágil! Não pelo que acima ficou dito (quanto à avaria, pois isso acontece até em objectivas de topo) mas sim porque, quer o material, quer os comutadores aparentam ser frágeis. De qualquer modo há que ter em conta o tipo de público e de utilização (não intensiva) a que esta Sigma 70-300mm se destina. 
Em todo o caso é sempre preferível "poupar" na construção que na qualidade óptica, como de resto é o caso desta objectiva.
Apesar de tudo isso, o anel de montagem (encaixe) na câmara é metálico! Material que as objectivas Nikon mais modestas (infelizmente) não utilizam!











Macro:

A Sigma uma vez mais continua a tradição de dotar as suas teleobjectivas de função Macro. As relações de reprodução ficam-se pelos, já bem bons, 1:2. Ou seja, os objectos fotografados apresentam nos fotogramas metade do seu tamanho real. Esta função Macro é uma espécie de mais valia nesta objectiva mas não substitui uma "verdadeira" objectiva macro pois a distância mínima de focagem e distância focal a que o consegue não facilitam o trabalho para conseguir imagens definitivamente recortadas e contrastadas...





Qualidade óptica (comparativo):

Aqui, tenho obrigatoriamente de começar por dizer que o teste comparativo que efectuei não é de todo justo. Serve simplesmente para elucidar os eventuais compradores duma destas "Sigma 70-300mm" acerca das diferenças que podem verificar face à objectiva que utilizei como referência para o teste e que é considerada como uma das melhores objectivas zoom que conheço quer em termos ópticos, quer de construção: A nikon 80-200mm f/2.8, cuja opinião também pode ser vista aqui (abre em novo link) .
Por isso não fiquem completamente desapontados... como analogia poderia referir que este teste é como comparar um Mercedes (dos caros...) a um qualquer utilitário... :)
A qualidade óptica desta objectiva não sendo nada de excepcional fá-la, pelo menos, valer o preço que custa. Ou seja, as imagens que produz têm um bom nível de saturação pese embora as imagens produzidas não estejam isentas de alguma aberração cromática. Essa situação tende a agravar-se na proporção da distância focal usada. Até aos 200mm a qualidade é aceitável. Acima disso o contraste e o recorte diminuem um pouco.
Uma outra objectiva a ponderar (que conheço e que já utilizei), embora já não seja comercializada, será a Nikkor 70-300mm f/4-5.6 G. A construção não é, de igual modo, das melhores, a focagem demora uma eternidade mas, em termos de nitidez/recorte de imagem, ao que lembro (não fiz agora comparativos) é um pouco melhor. Por falar em focagem, a desta Sigma além de rápida é precisa.




Em suma:

Apesar dos "defeitos" apontados, tendo os potenciais compradores em conta o modesto preço que esta "Sigma 70-300mm f/4-5.6 DG Macro" custa não terão, como costumo dizer, muito que se arrepender pois possivelmente ela valerá mais o que custa...
Uma vez que esta versão é motorizada pode ser usada em câmaras Nikon como: D40; D40x; D60; e as mais recentes D3000 e D5000 (e ainda, claro, em toda a restante gama de câmaras Nikon dotadas de motor interno).
Quem estiver disposto a desembolsar um pouco mais pode optar pela nova versão desta objectiva com estabilização de imagem designada "Sigma 70-300mm f/4-5.6 DG OS SLD" (não tem a função Macro) que é comercializada com encaixes compatíveis com câmaras Sigma, Nikon, Canon, Pentax e Sony. Perde-se a função Macro mas melhoram-se dois aspectos negativos em relação à versão aqui em causa: a falta de estabilização e as aberrações cromáticas. As siglas "OS" e "SLD" representam precisamente essas melhorias (OS= Optical Stabilization e SLD = Special Low Dispersion).

Qualidade Óptica
★★☆☆☆
Qualidade de Construção
★★☆☆☆
Versatilidade
★★★★
Manuseamento
★★★☆☆
Valor
★★☆☆☆

Câmaras DSLR – Sensor sujo? Como verificar? Como limpar?


A ideia deste artigo surgiu face a diversos emails que tenho recebido onde são colocadas algumas dúvidas referentes a sensores sujos.
Bom, primeiro que tudo convém saber o que é um sensor duma câmara fotográfica, onde o mesmo se situa e até que ponto está vulnerável a poeiras.

Contrariamente à ideia que muitas pessoas têm (ao que me tenho apercebido), os sensores das câmaras, apesar de serem um dos componentes mais sensíveis das mesmas, não estão assim tão acessíveis às poeiras ou até a “riscos” como já me perguntaram.
Mas, com o decorrer do tempo e com a habitual troca de objectivas, designadamente em sítios poeirentos, é normal que, embora protegidos, os sensores se sujem.


Contudo, se nunca notaram nada de anormal nas vossas fotografias e depois de efectuar o teste que a seguir indico, “descobrirem” que tem o sensor sujo não fiquem preocupados e, muito menos, façam logo uma limpeza só por isso! Estou a referir-me, neste caso às limpezas efectuadas com espátulas e líquidos específicos. Quanto menos vezes tivermos que limpar o sensor melhor! Mesmo com algumas partículas de sujidade, como as assinaladas a vermelho no exemplo, as fotografias dificilmente revelarão algo a menos que sejam usadas aberturas de diafragma pequenas como foi o caso da foto ao lado onde foi usada uma abertura de f/36 com o propósito de evidenciar os efeitos dum sensor sujo!

(Clique na imagem para aumentar)


Agora, tal como se refere no título:

 Como saber ou verificar se o sensor da nossa câmara está ou não sujo e qual o grau dessa “sujidade”?

Vou referir dois distintos processos que permitem verificar o grau de sujidade do sensor.

Primeiro que tudo, é preciso ter a noção que a “sujidade” existente nos sensores é formada por pequeníssimas partículas de pó praticamente invisíveis a “olho nu”!

Assim sendo, como é que podemos então tornar visíveis essas partículas?

Precisamente através duma fotografia. Mas não uma fotografia captada de qualquer maneira. Precisamos regular a exposição de maneira a “mostrar” essas pequenas partículas!

Dito isto, o método mais simples e imediato de fazer esta verificação é simplesmente captar uma foto dum cenário homogéneo. Uma parede branca, um céu, …

Mas, ao captar a foto com o intuito de serem visíveis as partículas existentes no sensor só o conseguiremos de uma maneira: Usando a mínima abertura possível da objectiva (regra geral f/22 ou mais se tal for possível, como exemplificado em cima).

Outro aspecto importante é o facto da "sujidade" ser mais facilmente detectada se não se confundir com nada do cenário fotografado. Por isso, utilizar a focagem manual, de modo a desfocar propositadamente a foto e/ou ao mesmo tempo mover a câmara durante a captura, ajuda a homogeneizar o fundo e realçar estas partículas que ficam imóveis no mesmo sítio do sensor.

Segundo método:
Este foi o método usado nas fotos de demonstração e é um pouco mais complexo. Porém, com algumas tentativas, permite visualizar e aferir com mais rigor o grau de sujidade existente no sensor.

Também para usar este método começamos por regular a nossa câmara, propositadamente, para esse efeito.
Desta vez seleccionamos o modo de exposição manual (M).
Depois disso, regulamos a câmara para exposições a tempo (Bulb). De seguida, tal como no primeiro método, utilizamos a mínima abertura possível da objectiva (este aspecto é importante, pois usando aberturas maiores nunca conseguiremos detectar qualquer sujidade).



Em função da luminosidade existente, mantendo pressionado o obturador durante uns segundos (pode variar, 1,2,3,4 ou mais, dependendo se o fazemos numa área exterior com muita luz ou, pelo contrário, no interior de casa com pouca luz), fotografamos por exemplo uma folha de papel branco ou uma parede. Ao mesmo tempo durante a exposição movemos a câmara, tal como descrito no primeiro método. Cabe aqui referir que quando, em cima, disse “com algumas tentativas” pretendi alertar que é provável que não consigamos um excelente resultado em termos de visualização à primeira… caso exponhamos de mais ou de menos só veremos uma foto totalmente “queimada” ou, pelo contrário, totalmente escura não sendo, por isso, diferenciáveis quaisquer partículas de sujidade.

Para aqueles que estejam menos familiarizados com o funcionamento do sistema de captação de imagens nas câmaras fotográficas reflex digitais - SLR-D - (diga-se que idêntico ao das câmaras analógicas com a diferença que, em vez do sensor e em seu lugar estaria o filme) deixo aqui uma breve ilustração demonstrativa da localização do sensor nas câmaras e, ao mesmo tempo, como se processa a captação de imagens:


 
Como apontamento final e para tranquilizar os mais preocupados com esta questão da sujidade, posso referir que algumas câmaras vêm, inclusivamente, do fabricante (ou pelo menos da loja revendedora) já com poeiras no sensor…! Por outro lado, com certos cuidados (evitando poeiras) e limpando regularmente o sensor com um soprador (este é o método de menor risco para o efeito, pese embora não seja o mais eficaz) poderemos evitar ter de usar métodos de maior risco, mais complicados e mais caros para sanar o problema!

 Uma dica muito rápida para quem quiser tentar eliminar poeiras do interior da câmara recorrendo ao soprador:
 (Limpeza do Sensor, Espelho e Ecrã de focagem)



  - Colocar a câmara em “Bulb” (ou através do ”Menu” na configuração específica para limpeza do sensor);


 - Carregar no obturador mantendo-o pressionado durante o processo de limpeza (ou, para ser mais cómodo, recorrendo ao cabo disparador mantendo-o activo) sustentando a câmara com a frente virada para baixo (desta maneira estaremos ajudando as poeiras a sair em vez de somente se espalharem).

O mesmo procedimento pode (e deve) ser efectuado regularmente para a limpeza do espelho da câmara;

- SEM TOCAR no sensor, utilizar o soprador com vigor (este tem necessariamente de ser de grandes dimensões pois, caso contrário, nada fará).

- Desligar a câmara, montar uma objectiva e verificar, de novo, o grau de sujidade.

Caso a mesma persista pode repetir-se o processo.

                             _________ // ________


Se, eventualmente, este método simples de limpeza não resultar e o grau de poeira esteja, de facto, a afectar a qualidade de imagem torna-se necessário recorrer a outros métodos… pincel de limpeza, cotonetes e líquidos específicos para o efeito (devendo, neste caso seguir-se as instruções do produto que comprarmos) ou, até mesmo, entregando a câmara para limpeza…

Festival Aéreo "RED BURROS" - Mogadouro



Esta semana voltamos ao tema Aviões, Mogadouro e, claro, fotografia!
Desta vez só para dar uma pequena ajuda na divulgação do Festival Aéreo que se vai realizar no próximo dia 31 de Julho no Aeródromo de Mogadouro.
Estão já confirmadas algumas presenças como:
  • Planadores da Academia da Força Aérea
  • Dornier Do.27 - Museu do ar
  • Marinha Portuguesa - EHM - Lynx Mk.95
  • SmokeWings - Yak-52
  • Lima Alpha Team - Extra 300
  • Aerobática - Pitts S2B
  • Patrulha Fantasma - RV-6 e VaryEze
  • Demontração de voo de planador (Centro Internacional de Voo à Vela de Mogadouro)
Passo a transcrever o texto explicativo, acerca do evento, que me enviaram do Centro de Voo à Vela de Mogadouro:

"O Festival Aéreo “RedBurros Fly-In”, prentende juntar no Aeródromo Municipal de Mogadouro, pilotos e público em geral para celebrar 5 anos de existência no dia 31 de Julho de 2010.
A escolha do nome “RedBurros Fly-In” teve como inspiração, a tradicional festa do burro, que tem lugar todos os anos na aldeia do Azinhoso.
Sendo o aeródromo, vizinho desta aldeia que tão bem soube acolher este projecto optamos por este nome.
O evento é gratuito para pilotos e publico em geral, e tem como atracções a presença da Força Aérea Portuguesa, Marinha Portuguesa, Patrulhas acrobáticas, demonstração de voo de planadores, presença de aeronaves de vários aeroclubes nacionais.
O Festival Aéreo “RedBurros” contará ainda com uma “spotter zone”, colocada num ponto estratégico do aeródromo o qual servirá para receber a imprensa e spotters.
Será um evento inédito em Trás-os-Montes, que certamente irá deliciar jovens, adultos e idosos."

Por isso, esta será também uma boa oportunidade para aqueles que gostam de fotografar as máquinas voadoras aparecerem...
Está já disponível para download a ficha de inscrição (pode ser descarregada aqui) e o melhor...a entrada é livre!

Impressão de fotografias em papel com tamanhos grandes


Há uns tempos atrás pediram-me uns ficheiros dalgumas das fotografias que captei em Mogadouro aquando do lançamento do magazine "PLANADOURO", cujo artigo pode ser visto aqui ( abre em novo Link), com vista a serem impressas em tamanho grande.

O objectivo era servirem para decorar a sala de formação da escola do Centro de Voo à Vela do Aeródromo de Mogadouro. Pois bem, elas chegaram e ainda tive oportunidade de as ir ver antes de seguirem o seu destino.
O tamanho das fotografias é de 1,20m x 80cm. Ao lado ficam umas fotos que tirei para dar uma ideia das dimensões.

Quanto ao resultado final, sinceramente gostei! A profundidade de cores respeitou aquilo que tinha em mente e o ficheiro original.
Segundo o que me foi dito as impressões foram efectuadas, sem qualquer alteração, aos ficheiros que cedi, já devidamente "tratados" em pós-produção em Photoshop CS4.

Basicamente, tratou-se do redimensionamento e da conversão dos ficheiros nativos de NEF (RAW) para JPG (a máxima qualidade e a 300 dpi), após terem sido efectuados alguns acertos e correcção de níveis... O "espaço de cor" usado foi mesmo o sRGB que tem um espectro mais pequeno que o CMYK ou mesmo o Adobe RGB mas, mesmo assim, o resultado final, no que toca a níveis de saturação e intensidade de cor, quanto a mim, foi bom.