Fotografar em interiores sem flash (velocidade de obturação, luz e sensibilidade de filme)


Nikon D200 + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm; f/2.8; 1/20seg.; ISO 400)

Nikon D200 + Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF
(@ 80mm; f/2.8; 1/20seg.; ISO 400)

Nikon D200 + Nikkor 24-70mm f/2.8 G ED-IF AF-S
(@ 70mm; f/2.8; 1/40seg.; ISO 800; +0,3Ev)


Começaram os concursos hípicos desta época!
Primeiras duas fotografias: sábado-23/01/2010
Terceira fotografia: domingo-24/01/2010
Mais uma vez, por “razões e obrigações familiares”, lá vou eu assistir às diversas provas de saltos que se vão realizando.
Obviamente, os conjuntos cavalos/cavaleiros, nomeadamente nessas provas são sempre um bom motivo para fazermos uns cliques pelo que, quanto menos não seja para registar fotos da “pequena campeã” da família (que não está em nenhuma das fotos), a câmara vai sempre comigo.
Todavia, nem sempre estas provas são realizadas em picadeiros abertos. Parte delas são realizadas em picadeiros cobertos e fotografar o conjunto cavalo/cavaleiro em movimento durante os saltos constitui um desafio que certamente alguns já constataram. Fotografar algo em movimento com condições de pouca luz nem sempre é tarefa fácil.

Bom, como já passei por essa situação diversas vezes e estes princípios aplicam-se, também, a outros desportos ou eventos em pavilhões/espaços fechados,  é sobre isso que vou tentar transmitir algumas dicas…

Regra geral, noutras situações de pouca luminosidade o problema resolve-se recorrendo ao flash. Neste caso, não! Os motivos porque não devemos usar o flash nestas provas em picadeiros interiores são essencialmente dois: O primeiro, é poderem interferir com o normal decorrer da prova assustando os cavalos e depois, porque é quase certo que vamos ficar com fotos em que os olhos do animal ficam vermelhos.
Por isso, em interiores, quanto a mim, o melhor que podemos fazer é usar uma objectiva luminosa, regulando a câmara de maneira a aproveitar a sua abertura máxima (programa de prioridade à abertura) e depois regular a sensibilidade ISO até conseguimos confortáveis velocidades de obturação de cerca de 1/125seg., ou mais, dependendo da distância focal da objectiva que usarmos.

Pessoalmente, quando posso “falhar” fotos gosto de usar velocidades de obturação bastante baixas como foi o caso dos exemplos. O resultado final são fotografias com partes um pouco desfocadas mas que acabam por ter mais impacto e serem mais expressivas do que se estivesse tudo perfeitamente definido. A técnica usada é a de panning de que já há tempos falei e as regulações da câmara (Nikon D200) são as seguintes:

  1. Focagem: "Single Point" - prefiro usar a focagem num único ponto AF (a focagem dinâmica por vezes foca em sítio diverso do que pretendemos);
  2. Modo de focagem: Contínuo - selector em "C"; e
  3. Modo de Exposição: Exposições contínuas - "CH" (5 fotografias p/seg. caso a velocidade de obturação o permita…)
Além disso, tento conciliar os valores de obturação de forma a não ultrapassar valores de ISO (com a Nikon D200) acima dos 400/640. Como é sabido, um dos poucos, mas grandes defeitos, destas câmaras D200 é o elevado grau de ruído que têm acima, ou até já mesmo, dentro desses valores. Comparativamente, a sua sucessora D300 e a actual D300s tem valores de ruído muito inferiores mesmo usando ISO’s mais elevados! E viva a evolução…!

O ruído de imagem (se quiserem, o equivalente ao grão em filme), na realidade, é a soma de dois diferentes factores: O chamado ruído de luminância (flutuações na intensidade luminosa) e o ruído cromático (flutuações na cor). É precisamente este último o responsável, ou pelo menos o que mais afecta os resultados quando fotografamos, com certas câmaras, com ISO's elevados e pouca luz.
Para melhor entenderem o que quero dizer aqui ficam uns crop’s das fotos de cima:





Este "ruído de imagem" (predominantemente de luminância) pode, até certo ponto, ser posteriormente eliminado em "pós-produção" através da utilização de certos filtros. Digo, "até certo ponto" pois quando reduzido em excesso retira definição e volume às imagens ficando as mesma com aspecto pouco natural e "plástico".

Na imagem ao lado podem observar-se crop's a 100% das áreas assinalada a vermelho.

Os três quadrados, na parte inferior, reportam-se a cada uma das fotografias do topo (120 x 120px).
Facilmente reparamos que, com as condições de luz já descritas, a 800px o ruído de imagem é grande!
Também é normal que o ruído de imagem se manifeste mais nos tons escuros que nos claros.
*Um truque para que se reduza um pouco o ruído de imagem é o de compensar, caso seja possível (tendo em atenção os contrastes existentes para não "estourar" os brancos), o valor de exposição indicado pelo fotómetro da câmara. Porquê? A explicação é simples: ao expor mais tempo, a quantidade de informação recebida pelo sensor da câmara vai ser maior. Este "truque" também é chamado  de "expor para a direita".  Se usarem o histograma da câmara e compensarem o valor de exposição notarão que o gráfico se desloca todo para a direita (para os tons claros).



Caso seja possivel, ainda no decorrer desta época, publicarei neste espaço fotografias de concursos de saltos em espaço aberto. As limitações são menores.. existe mais luz, mais cor, e os resultados finais são um pouco mais apelativos!
Esta promessa é um pouco arriscada uma vez que no ano transato todas as provas que fotografei ao ar livre foram à chuva com péssimas condições de luz! Mas, vamos esperar que este ano o tempo ajude...!

Inglaterra 2008 (Oxford, Londres, Abingdon) - Relato de viagem






Hoje decidi retirar do “baú” algumas fotografias.
Assim, para variar um pouco e até porque de vez em quando sabe bem simplesmente ver fotografias em vez de ler textos mais ou menos extensos acerca de técnicas, equipamento, etc., partilho aqui, em formato de slide show com cerca de 20 minutos de duração (caso não desistam antes…), algumas das centenas de imagens que captei em Inglaterra no ano de 2008. São, na sua maioria, da pequena e bonita cidade de Oxford. Além dessas, podem ainda ser vistas algumas mais, que facilmente serão reconhecidas, e se reportam à cidade de Londres e, no final, outras dum pequeno e pacato lugar chamado Abingdon (a poucos km de Oxford).
A cidade de Oxford, além de pequena como já referi, é plana e esse facto está bem patente na quantidade de bicicletas que por lá se vêem. Por isso, elas dão mote a muitas das fotografias!
É estranho pensar que a relativamente poucos km da capital Inglesa, sempre cheia de gente e com uma azáfama que em algumas das suas ruas dura 24 horas, encontrássemos uma cidade assim. Pacata, sossegada, organizada… De facto, a vida em Oxford corre tão devagar como as águas do rio Tamisa que a atravessa e onde se efectuam os treinos de remo com vista à regata entre as duas universidades “Oxford vs Cambridge”. A propósito, a cidade é conhecida mundialmente pela sua Universidade que, contrariamente ao que muitos pensarão, não se situa num só edifício mas sim por toda a cidade! Existem inúmeros departamentos, quer sejam instalados em casas inicialmente destinadas a habitação quer seja em edifícios como o “Culham College” (onde se efectuam as filmagens dos filme da série Harry Potter).
A cidade é composta por um pequeno burgo urbano onde, além dos bonitos edifícios históricos se situa também a parte comercial (não maior que em qualquer uma das nossas pequenas cidades) e depois tem aquilo que de mais encantador achei… paisagem! Não necessariamente uma paisagem natural e selvagem mas sim uma paisagem humanizada muito bem tratada e cuidada. A poucos minutos a pé do centro urbano podem ser vistas inúmeras casa tipo “Cottage” com telhados em colmo ou pedra (idênticas aquelas que conhecemos das pequenas miniaturas da “Lilliput lane”).
Depois, as margens do Tamisa são uma autêntica pérola! Um paraíso também para quem, como eu, gostar de aves. Aliás tive oportunidade de observar algumas espécies em nidificação… aqui arrependi-me de não ter levado nenhuma tele…
Enfim, uma ou outra dessas fotografias já passaram por este Blog, algumas delas foram objecto de publicação numa ou noutra revista, mas sempre de modo isolado. As que hoje aqui publico são, maioritariamente, meros registos de viagem mas que de certa forma ilustram um quotidiano um pouco diferente do nosso e transmitem uma ideia global da cidade de Oxford.
Como certamente repararão a luz daquelas cidades tem características um pouco diferentes das que estamos habituados e mesmo com recurso a um filtro polarizador (em muitas das fotografias) torna-se difícil realçar os azuis do céu! Por outro lado, essa mesma luz transmite uma envolvência muito própria onde predominam os tons cinzentos. Já quanto aos verdes da vegetação... são mesmo assim! Intensos e profundos!
Outra curiosidade: As fotografias foram todas captadas com uma Nikon D200 e com uma única objectiva... Qual? Veja aqui!
Bom, mas para que disse que hoje não iriam ter muito para ler isto já vai longo… por isso, se têm alguma disponibilidade de tempo, coloquem-se confortavelmente e... espero que gostem!

Ps: Como o tamanho do ficheiro do slide show (.swf) é um grande é provável que, dependendo da velocidade de ligação, demore alguns segundos a descarregar as imagens.

Objectivas e filtros – Como e com que limpar?

Tudo o que é necessário...


Uma vez que neste espaço se tem falado várias vezes acerca de objectivas e filtros achei oportuno abordar aqui também um assunto relacionado: A sua manutenção.
A qualidade das imagens que o material óptico proporciona está dependente não só das suas qualidades intrínsecas mas também do seu estado de conservação. Uma objectiva manchada de dedadas e gordura no seu elemento frontal ou posterior certamente que não permitirá obter os mesmos resultados como se estivesse limpa. É precisamente sobre esse assunto que hoje vou falar.

Os métodos e materiais destinados à limpeza das ópticas das objectivas e de filtros que podemos utilizar são vários. Cada um deles tem as suas vantagens e desvantagens podendo, inclusive, ser um bom ou mau processo. Tudo depende de como e por quem é usado!
Dito isto, e sabendo de antemão que cada qual deve usar o método e materiais com que se sinta mais “à vontade” vou falar do que, pessoalmente uso há… séculos!
Na verdade é um misto de processos de limpeza ordenados por uma certa sequência, ou não, dependendo do grau de “sujidade” do que tenho que limpar.

Basicamente tudo o que necessito é o que vêem na imagem:
• 1 soprador Giotto (o maior que existe, uma vez que serve também, até certo ponto, para retirar poeiras do espelho e sensor da câmara);
• 1 pincel de pelo macio que, de preferência claro, não solte pêlos;
• 1 pano de micro-fibras (por exemplo, aqueles lenços oferecidos nos oculistas próprios para limpeza das lentes dos óculos);
• lenços de papel de limpeza de lentes (uso da kodak, mais à frente explico o porquê);
• e por último líquido próprio para limpeza de lentes, também da Kodak.

Primeiro que tudo convém referir que nem sempre que “limpo” uma lente uso toda esta panóplia de materiais!
O ideal era nem sequer termos de limpar lentes. Por isso, quanto menos “sujidade” acumularem mais fácil será a limpeza. É isso que tento fazer. Recorrendo a limpezas frequentes, designadamente após uma utilização em sítio onde exista poeira, basta por vezes utilizar o soprador. Se as poeiras estiverem somente “pousadas” nas lentes e não coladas, nem existir gordura (de terem sido tocadas inadvertidamente por dedos), este processo resolve a questão!
Caso exista alguma poeira um pouco mais “agarrada” mas mesmo assim não exista “gordura” nem manchas o pano de micro-fibras, usado ao de leve (quase que só tocando a lente) após umas sopradelas com o Giottos resolverão o assunto. Por falar em sopradela… sendo daquelas feitas pela nossa boca, como muitas vezes temos tendência de o fazer “para desenrascar”, elas são um dos motivos que, em objectivas menos seladas, podem levar ao aparecimento de fungos! Pelo que, para os perfeccionistas, esqueçam a “velha” sopradela e a limpeza à camisola! Adiante… o pincel! Ah!... esse serve unicamente para retirar alguma poeira existente nos bordos da lente ou filtro que “teime” em não sair com o soprador.
Caso, depois de efectuados os procedimentos acima, ainda reste alguma sujidade (manchas de gorduras ou outras motivadas por exposição em ambientes húmidos ou com alguma salinidade) passo à limpeza mais profunda. De qualquer forma e mesmo que se pretenda, desde logo, recorrer a este ultimo método ele só deve ser iniciado após realizados os anteriores. Caso se utilizem os lenços de papel sem previamente remover a maior quantidade de poeiras estaremos a “riscar” a lente!

Há quem não simpatize com este método de limpeza, com papel e líquido, mas feito com a devida suavidade e paciência considero os resultados bons. Mas, tal como disse no início, cada método de limpeza pode ser bom ou mau dependendo de como e por quem é usado!
O líquido e os lenços de papel que uso, como já o referi são da Kodak por um motivo… tenho-os há “séculos” e nunca mais acabam!

De cada vez que é necessário recorrer a este tipo de limpeza basta uma gota do aludido líquido e um lenço de papel (por vezes até meio…). Não que eu tenha a mania das poupanças mas tem de ser mesmo assim. Após colocada uma gota do líquido num lenço (… e não directamente na objectiva) começo a limpar a lente a partir do centro para a extremidade em movimentos circulares até que o liquido seque por completo. Esta operação deve ser feita de maneira seguida e só devemos parar depois da lente estar devidamente seca. Caso contrário, o próprio líquido, deixará manchas.

Importante:
Este processo e qualquer outro que envolva “tocar” na lente deve ser feito de maneira suave sem “carregar” quer seja com os lenços de papel quer seja com pano de micro-fibras, etc. O próprio movimento do material que usamos simplesmente “pousado” sobre a lente deve ser suficiente para “limpar”. Se teimar-mos em forçar a limpeza exercendo demasiada pressão corremos o risco de…fazer riscos! Não propriamente na lente (vidro) mas nas camadas protectoras que o revestem vulgarmente conhecidas como “coatings”.
De qualquer maneira, não é agradável olhar para o elemento frontal duma objectiva e ver falhas ou riscos no seu revestimento. Pelo menos o seu valor diminui caso a queiramos vender mais tarde. Por outro lado, a falta dessa camadas ou revestimentos (coatings) em exagero numa objectiva faz aumentar a probabilidade de reflexos nas fotografias pois essa é, precisamente, uma das suas funções.

Cabe aqui, contudo, dizer que uma óptica “riscada”, no elemento frontal, não revelará esse dano no resultado final. A menos que seja uma grande angular, ou um risco muito profundo, não notaremos nada nas fotografias! Quando muito, com um risco profundo, poderemos ter apenas um abaixamento no nível de contraste!
Quanto maior for a distância focal da objectiva menos problemático será termos riscos nas ópticas. No caso de teleobjectivas, superiores a 300 ou 400mm por vezes nem uma pequena fenda ou uma picada na lente frontal é suficiente para se note algo de estranho nas fotografias, acreditem!

Já agora fica aqui uma dica:
Quem possuir alguma objectiva que se encontre na última situação descrita pode pintar, ou melhor, preencher o risco com um marcador de cor preta. Isso ajudará a repor algum do contraste perdido e a evitar reflexos indesejados.

Nikon Nikkor 24-70mm f/2.8 G ED-IF AF-S





Passados vários meses a testar e a fotografar com esta Nikkor eis que chega a altura de opinar sobre a mesma.
Em 2008/2009 o prémio de melhor objectiva profissional do ano, atribuído pela EISA coube a duas Nikkor, a saber, a Nikon Nikkor 14-24mm G ED-IF AF-S e a 24-70mm G ED-IF AF-S. A primeira já foi alvo de testes e opinião há uns tempos atrás. Agora cabe a vez à 24-70mm.

Todo este artigo de opinião acerca da mesma é feito tendo em consideração alguns aspectos, no que concerne à evolução tecnológica e estética, comuns à aludida 14-24mm e ao mesmo tempo, em comparação, com a objectiva que este modelo veio substituir: a Nikkor 28-70mm ED-IF AF-S.

Desde logo, e tal como acontece com as outras objectivas acima referidas, esta é uma objectiva construída a pensar no formato FX (24x36mm). Algo que não testei, pois a opinião é, mais uma vez, baseada no formato DX (16x24mm).

Feitas estas considerações vamos ao que interessa...

 

Manuseamento:

O tamanho e o diâmetro desta objectiva diferem substancialmente da 28-70mm. Sendo um pouco mais comprida é, todavia, mais pequena em diâmetro. A sensação que temos é que estamos perante uma objectiva “mais próxima” das objectivas de gama “consumer” sendo por isso um pouco mais discreta que o anterior modelo.

Conhecendo uma e outra, esta é a primeira impressão que se fica somente ao olhar para a mesma. Porém mal a começamos a manejar rapidamente ficamos bem impressionados e percebemos o porquê de ser considerada uma objectiva “profissional”.

De igual modo à “irmã” 14-24mm o funcionamento é suave e preciso e a sua construção é excelente! Este é um dos aspectos em que difere da 28-70mm que tem uma aparência mais robusta mas tem um funcionamento menos suave e menos preciso.

Com uma Nikon D200 equipada com punho vertical o equilíbrio, apesar de bom, pareceu-me um pouco pior do que com a 28-70mm. Porém, existe a vantagem, por um lado, de ao empunhar a mesma não se correr tanto o risco de tocar inadvertidamente no anel de focagem aquando da aquisição da foto em AF desfocando deste modo – algo que acontecia com mais frequência no anterior modelo. Em contrapartida, essa diferença na localização do anel de focagem, faz com que, quando se trabalha em foco manual, seja um pouco mais difícil utiliza-lo porquanto, a meu ver, a posição ideal seria um pouco mais próxima do corpo da câmara.

O sistema de motorização AF-S (SWM) parece-me, tal como o da 14-24mm, ser de uma nova geração, pois é notoriamente mais rápido, preciso e silencioso! O facto da Nikon ter diminuído o diâmetro da objectiva faz também transparecer isso. Dá-me a ideia que existe uma nova geração de motores que ocupam menos espaço e bem mais eficazes.

 

Sendo já um preciosismo, e talvez não, pois faz parte da comodidade e conforto no uso não deixo, no entanto, de referir que o parasol da 24-70mm (HB-40) encaixa/desencaixa com muito maior facilidade no corpo da objectiva do que o da 28-70 (HB-19). Tem inclusive um pequeno botão que acciona uma mola de maneira a tornar mais fácil retirá-lo da objectiva.

O diâmetro e desenho desta objectiva tornam-na menos confortável, no que concerne ao seu transporte, quando comparada com o anterior modelo, designadamente quando “andamos” com a câmara/objectiva na mão segurando o conjunto somente pela objectiva.



Construção:

Tal como já o era o anterior modelo, esta 24-70 continua a ser robusta e pesada. As 900g que adicionamos à câmara ao "montar" esta objectiva fazem-se de imediato sentir!

Esta passa a ser outra das poucas objectiva que possuí que são da série G, uma vez que não tem anel de aberturas.

A utilização do vedante em borracha com vista a isolar ou diminui a entrada de poeiras entre a câmara e a objectiva pela zona do encaixe da baioneta continua a ser uma presença neste nível de objectivas destinadas a um uso mais intensivo e “despreocupado”.

Como já foi referido os anéis de focagem e de distâncias focais têm um funcionamento muito suave e preciso.

A frente da objectiva bem assim como o seu corpo é de construção metálica (embora a sensação seja de menor espessura e resistência que a 28-70).
O botão selector AM/M para uma instantânea transição de foco A(F) (foco automático) para M (foco manual) ou optar unicamente pelo modo manual M é agora um pouco mais pequeno e também mais difícil de accionar. Com a câmara na posição de captar fotos (estando a olhar pelo visor) esta comutação é um pouco difícil de efectuar face à “dureza”, ao pequeno tamanho e á força necessária para fazer deslocar o botão de posição, obrigando a mudar a câmara para uma posição mais cómoda para o efeito.


 



Em utilização:

Um dos aspectos importantes a ter em conta quando adquirimos uma objectiva é saber até que ponto, além proporcionar imagens definidas, ela é precisa em termos de auto-focagem.

Na realidade, nos dias de hoje, com toda a tecnologia usada na construção de objectivas designadamente quanto aos sistemas de focagem, não faria qualquer sentido comprar uma equipada com sistema AF-S e que o mesmo não fosse fiável.

Pois é, mas mesmo nesta gama de objectivas, também existem diferenças e no caso concreto da objectiva em causa neste teste fiquei positivamente surpreendido pelos poucos erros que verifiquei. A anterior 28-70mm apesar de bastante precisa em termos de AF fica um pouco aquém da “nova” 24-70mm. De facto, esta objectiva é extremamente agradável de usar no que concerne á focagem. Aliado ao facto de uma focagem surpreendentemente rápida e silenciosa, como acima já referi, não existe aquilo a que vulgarmente se denomina de “lens hunting”. Traduzindo esta expressão, ou melhor ainda o seu significado, não existe nesta objectiva aquele “procurar” de aquisição de foco que percorre toda a extensão de focagem desde o seu mínimo até ao infinito e regresso até consegui “encontar” o objecto que pretendemos focar. Ou seja, dificilmente a objectiva, depois de focado um objecto, lhe perde o “rasto” e vagueia por todas as distâncias até o encontrar de novo.
(acerca deste aspecto “tirei a prova dos nove” aquando do Coimbra Airshow 2009 em que fiz algumas experiências, em situações limite, e os resultados comparativamente à outra objectiva que tinha na altura comigo, uma Nikkor 80-400mm f/4.5-5.6 VR ED-IF AF-D, foram surpreendentes! Claro que ambas as objectivas não são sequer comparáveis mas o que senti foi que, mesmo em focagem contra-luz e a “seguir” objectos, no caso aviões em condições adversas, a 24-70mm supera a focagem da 80-400mm mesmo quando em situações ideais! – comparação feita a 70mm e a 80mm, respectivamente, entre as duas objectivas)

A distorção de imagem, caso se use uma câmara de formato DX é um assunto para esquecer pois pelo menos pela simples visualização de imagens (sem o rigor dos testes de laboratório) desde os 24mm aos 70mm não é relevante. Quanto à sua utilização com o formato para o qual foi especificamente construída, ou seja o FX (full format), nada posso referir porquanto não testei… isso fica para quando vier por aí uma D700 ou D3…!

Algo que me custa um pouco a compreender é porque é que a Nikon continua a não dotar estas objectivas zoom de distâncias “normais” com o seu sistema de redução de vibrações denominado VR. Curiosamente outros modelos inferiores, como por exemplo a Nikkor 18-200mm VR possuem-no! Não posso crer que seja por uma questão de não confiança na durabilidade do mesmo pois também os modelos “pro” bem mais caros, de igual modo, o têm! Veja-se a Nikkor 600mm f/4 G ED VR!

Quanto a este aspecto, se no caso da 14-24mm achei que este efectivamente era desnecessário naquela objectiva (que, diga-se, também não o possui) já nesta 24-70mm o mesmo poderia ser uma mais valia.



Tamanho:

Como já referido, as dimensões desta 24-70mm variam um pouco da sua antecessora. Um dos aspectos que considero digno de nota é o facto de, contráriamente à Nikkor 28-70mm que achei ser uma objectiva pouco discreta face ao seu grande diâmetro, esta 24-70mm, por sua vez, ser estreita apesar de bastante comprida (para objectiva zoom “normal”). Em baixo, embora as fotografias não estejam proporcionais (erro meu, erro meu… que me esqueci desse pormenor…), dá para perceber as diferenças de tamanho à medida que variam as distâncias focais. O seu comprimento máximo atinge-se quando a objectiva é usada na distância focal de 24mm.


Com parasol montado, o seu tamanho mantêm-se inalterado a todas as distâncias focais…


 
Qualidade óptica:

Pode parecer um pouco estranho mas a objectiva que usei para comparar e testar a qualidade óptica desta recente Nikkor 24-70mm AF-S, foi um a”velhinha” Nikkor 50mm f/1.4 AI a qual considero uma referência! Mais abaixo poderão encontrar o link a esse teste.

Cor - comparativamente à 28-70mm a diferença que noto em relação à qualidade de imagem não tem tanto a ver com a definição (pese embora também quanto a este aspecto haver melhorias) mas sim com a coloração. A “nova” 24-70mm transmite umas cores mais profundas e intensas (um pouco á semelhança da Nikkor 50mm AI).
Bokeh - muito suave e agradável. O seu melhor nível atinge-se a 70mm f/2.8 nos limites mínimos de focagem em que é quase comparável à teleobjectiva Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF a 200mm!! Certamente que para se obter este tipo de desfoque contribuem as nove lâminas redondas do diafragma.
Flare - é algo com que praticamente não temos de nos preocupar com esta objectiva. Este é um dos aspectos que a Nikon soube melhorar em relação à antecessora Nikkor 28-70mm! Não digo que não exista, uma vez que só a testei em formato “DX” mas, neste formato, mesmo em situações criticas, o controle de reflexos foi muito bom (na realidade, até agora, ainda não o observei de modo evidenciado em nenhuma fotografia!)
Recorte - Quanto ao recorte, esta objectiva é absolutamente fantástica!


Raramente aparece uma objectiva que me surpreenda, quanto à qualidade da imagem. Esta foi uma das que me fez dizer “wow”…isto sim é “melão de Almeirim”!

A qualidade de imagem, na verdade, está num nível acima de muitas outras objectivas da Nikkor, mesmo de gama designada de “pro”. A plena abertura máxima (f/2.8) é extraordinária… e por aí fora….

Efeito das 3 lentes ED, das 3 AS (aspherical lens) e da tecnologia “Nano-cristal coating”??? Também, mas não só! De facto toda a qualidade de construção empregue no fabrico desta objectiva contribui para isso. A inexistência de folgas nos anéis de focagem e de selecção de distância focal, a precisão do foco, a solidez do seu interior (claro que não a desmontei para verificar, mas basta “abanar” e verificar a relação tamanho/peso para facilmente concluir que o seu interior é metálico) …

Geralmente falo mais do que não gosto do que daquilo que gosto, por isso, quanto a este aspecto não vale a penas falar mais. Gostei!

Teste à Q.I. (comparativo): Teste objectivas Nikon Nikor 50mm

O que menos gostei (alguns pormenores…):
  • Estética: demasiado fina e comprida (esteticamente, e gostos são gostos…., continuo a achar o anterior modelo (28-70mm) mais apelativa e com aspecto mais robusto e “pro”.
  • Ergonomia: Como penso que já ter referido, esta objectiva não é ergonómica sob o ponto de vista de transporte “à mão” quando com o parasol encaixado de forma invertida no corpo da objectiva (o parasol fica bastante afastado e estamos continuamente à procura do sítio “certo” para a segurar. Isto, claro, que no caso de não segurarmos o conjunto pela correia ou somente pelo corpo da câmara)
  • Uso com parasol: Claro que o parasol se destina ao uso em exteriores… mas caso façamos uma passagem do exterior para o interior (ou zona mal iluminada) onde se active o iluminador de focagem (exceptuando as câmaras Nikon D1,D2 e D3 que não o possuem) o parasol tem mesmo de ser retirado pois obstrui parcialmente a passagem proveniente do iluminador auxiliar de fogagem da câmara impedindo, deste modo, a correcta focagem do motivo.


Em suma:

Depois de tudo o que acima foi dito resta-me dizer que gosto mais das fotografias que saem desta objectiva que da objectiva em si. Mas é precisamente para isso que ela serve, não?

Ponderando tudo o que foi dito e comparativamente a outras objectivas Nikkor “normal zoom” (gama de distâncias focais normais) tento-me a dizer que esta, até ao momento, é a melhor objectiva alguma vez construída pela Nikon que usei! A precisão de exposição foi, sem dúvida, melhorada em relação ao anterior modelo. Agora podemos confiar na medição efectuada “through the lens” (TTL)!!! Na realidade o controle de exposição que permite é mesmo muito bom. A necessidade de recurso amiúdo às compensações de exposição finalmente acabaram! Estou a “bater um pouco o pé” neste assunto mas esta foi uma das substanciais melhorias que mais apreciei e que fez com que sentisse que (além do facto de ganhar um pouco mais de ângulo de imagem em ralação à 28-70mm) valeu a pena a mudança. Os histogramas assim o confirmam!

Alternativas a esta objectiva zoom (neste nível)? Não conheço! O único senão? Tal como no caso da Nikkor 14-24mm, o preço!

Qualidade Óptica
★★★★★
Qualidade de Construção
★★★★★
Versatilidade
★★★★
Manuseamento
★★★★★
Valor
★★★★★
 

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(*) Brevemente
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Obs: Esta é uma página de mera compilação de artigos e tutoriais fotográficos que se encontram já publicados de forma um pouco dispersa neste blogue. A intenção é reunir as informações sobre esses artigos de modo a tornar acessível e mais fácil a sua pesquisa e consulta.
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 Objectivas Zoom                                                 Câmaras                            Acessórios/outros
Canon EF 15-85mm f/3.5-5.6 IS USM (*)               Canon EOS 5D Mark II         Hama Defender 210
Canon EF 24-105mm f/4 L IS USM                        Canon EOS 7D (*)                Manfrotto 323 (RC2)
Nikkor 14-24mm f/2.8 G ED-IF AF-S                     Nikon Coopix 7600              Manfrotto 488 RC2
Nikkor 18-55mm f/3.5-5.6 G AF-S VR DX              Nikon Coolpix S510             Manfrotto 468 MGRC2
Nikkor 24-70mm f/2.8 G ED-IF AF-S                     Nikon D200                        Nikon MB-D200
Nikkor 28-70mm f/2.8 ED-IF AF-S                        Nikon D300                        Nikon MB-D10
Nikkor 28-80mm f/3.5-5.6 AF-D                          Nikon D300s                       Nikon SB-26
Nikkor 80-200mm f/2.8 ED AF                             Sony A900                          Nikon SB-900
Nikkor 80-400mm f/4.5-5.6 VR ED AF-D               Nikon D2x                          Nikon PK-13
Sigma 70-300mm f/4-5.6 DG MACRO                   Agfa Billy Record                Nikon PB-6 (*)
Sigma 18-200mm f/3.5-6.3 II DC OS                    Kodak No.1 Séries II            Fotomate LP-01
                                                                         Kodak no.2A Folding
                                                                         Kodak No.2A Brownie
                                                                         Kodak Six-20 Popular
                                                                         Kodak Retinette IB
                                                                         Rolleiflex Automat K4
                                                                         Zorki 4 K
                                                                         Ihagee 50 Patent-Duplex
                                                                         Zeiss Ikon Ikonta 520/18
                                                                         Zeiss Ikon Box Tengor
                                                                         Kodak no. 3 FPK Model B


 Objectivas Prime
Carl Zeiss Tessar 50mm f/2.8
Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon
Carl Zeiss 80mm f/2.8 Biometar
LZOS 3M-5A 500mm f/8
Nikkor 16mm f/2.8 Fisheye
Nikkor 50mm f/1.4 AI
Nikkor 50mm f/1.8 Series E
Nikkor 60mm f/2.8 Micro AF-D
Nikkor 300mm f/2.8 ED-IF AI-S
Samyang AE 8mm f/3.5 Aspherical IF MC Fisheye (*)
Sony 50mm f/1.4

 Teleconversores
Nikon TC 200
Nikon TC 300


(*) - Brevemente
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Obs: Esta é uma página de mera compilação da informação acerca de equipamentos fotográficos que vou utilizando/testando e que se encontra já publicada de forma um pouco dispersa neste blogue. A intenção é reunir as informações sobre equipamento e tornar acessível e mais fácil a pesquisa por marcas ou modelos. À medida que forem havendo novidades as mesmas serão acrescentadas. Foi também criado um novo link de acesso directo a esta página na barra lateral.